(Josiane Caitano)
Desde que o Bernardo nasceu, todo mundo diz que ele é parecido com o pai dele. E é mesmo. Desde então também ouço: É difícil né… a mãe carrega o bebê por nove meses na barriga e ele sai a cara do pai.
Gente, qual o problema nisso? Afinal, ele é o pai. Existem coisas muito mais importantes do que parecer fisicamente com um ou com outro (os valores que vamos passar para o nosso filho, por exemplo). E tem mais: é um orgulho saber que o Bê se parece com o Leandro, já que eu amo o pai do meu filho.
Além disso, carregar nosso bebê na barriga não foi nenhum incômodo para mim, muito pelo contrário. Sempre tive saúde e me senti uma mulher linda durante a gestação e depois dela.
Às vezes, confesso, esgoto meu estoque de paciência e solto um: ainda bem né!? Já pensou se ele se parecesse com o vizinho?
Alguns, na tentativa de me agradar, dizem que o Bernardo se parece muito comigo nos trejeitos, nas expressões faciais, no jeito de mastigar. Mas eu realmente não estou preocupada com isso (risos).
Quero que ele saiba o valor dos seres humanos, o valor do carinho que damos a ele, do amor que sentimos e que compartilhamos na nossa família; também desejo que ele perceba a importância das pessoas que aparecem na nossa vida e que cada uma delas tem algo para nos ensinar. Isso sim tem um significado imenso para nós.
Quero que ele saiba respeitar os negros (e os brancos, os amarelos, os ruivos, os pardos, etc.); que respeite os homossexuais (e todas as outras pessoas também); que respeite os animais; que entenda que tudo na vida tem seu valor e que a empatia é fundamental.
Afinal, é de pessoas assim que o mundo precisa.