“Conquiste uma mulher que possa fazer tudo isso”… E pronto, com esta frase e um post com fotos diferentes para as quatro queridinhas das redes sociais da atualidade que uma veterana do country americano voltou a evidência de forma avassaladora.
Aos seus longevos – e exuberantes – 74 anos, a fantástica Dolly Parton parou Facebook e Instagram ao lançar (talvez sem querer) a moda que vem colando nos últimos tempos nas redes. É certo que será passageira, mas nessa avalanche de revelações de amigos e famosos no mundo virtual motivados por ela não podem esconder na graça a história desta senhora de respeito, um mito do som interiorano americano reverenciado por gerações de cantores e cantoras da terra do tio Sam.
Sim, o SnaB não vai falar do desafio (porque modismos passam, mas história fica!), o certo mesmo é colocar miss Parton nos holofotes desta vez. Dolly Rebecca Parton Dean, americana da pequena Sevierville, no Tennessee, nasceu em 1946, filha de um fazendeiro e que começou a compor e cantar ainda pequena, em meio a calma da fazenda dos pais.
Era ousada, vamos e viemos, já com 18 anos foi tentar a vida em Nashville, aquela fabulosa cidade onde o Rock e o Country se encontram nas vozes de talentos promissores que lá buscam seu lugar ao sol. Já estava arrebatando corações e sucessos desde a metade final dos anos 1960 mas em 1974 consolidou-se como, de fato, a “rainha do Country” ao lançar talvez sua maior marca na musica: “Jolene”, ainda com marcas do campo permeando sua canção.
Durante os anos 1970, suas composições foi deixando um pouco os traços do Country mas sua ligação com as coisas do campo não sairam de suas raizes. Cantoras do próprio Country e do Folk, como Emmylou Harris e Linda Ronstadt, gravavam canções suas. E pasme, se você lembra de “I Will Always Love You”, imortal na voz da eterna diva Whitney Houston, saiba que sua compositora é – incrível! – Dolly Parton!
Dolly, na raiz, tornava-se aos poucos uma verdadeira showgirl. Dona de uma beleza lapidada no campo, o jeito de “moça frágil” desaparecia na sua energia e determinação de fazer musicas ora energéticas como “9 to 5” ou melodias mais sentimentais como “Here You Come Again”, seu primeiro disco de ouro, ou “Islands In The Stream”, em dueto com outra lenda do Country – Kenny Rogers – e composição de Barry Gibb.
Transfigurou-se em apresentadora de TV e atriz nas telonas e na TV. É dona do próprio nariz e, com muito sucesso, conduz negócios que vão desde os seus shows até empreendimentos como parque temático e restaurante. Não dá pano pra manga pra fofocas referentes ao seu coração pois já se vão cinco décadas casada com o musico e administrador Carl Thomas Dean, numa amizade que começou ainda antes do estrelato, na porta de uma lavanderia de Nashville. Um sortudo, digamos!
E se você acha que “só agora” Dolly voltou as evidências? Ledo engano! Ela ainda é artista das mais requisitadas entre os yankees. Se nós brasileiros estamos a conhecendo só agora isto é um erro dos grandes. A qualidade musical de Dolly vai muito além das redes sociais, com traços alegres, energéticos e, em vezes, sentimentais e poéticos, acompanhados de uma voz doce, quase de menina, mas que mostra a força e potencia musical de uma mulher determinada.
E para quem vem do campo, determinação é ingrediente primordial. Portanto, não cometa o erro de subestimar a musica e carreira de Dolly Parton. Um “desafio virtual” é bem pouco, quase nada comparado a história desta mulher e de suas canções imortais, que nós do SnaB fazemos questão de tocar… no LinkedIn, no Facebook, no Instagram e no Tinder.
Até a próxima!