(Josiane Caitano)
Foi uma decisão muito importante. Na última semana fiz a adaptação do Bernardo na creche. Meu marido e eu pensamos muito antes de decidir que iríamos mesmo fazer isso neste momento, já que a avó se dispunha a cuidar dele. E querem saber? Foi a melhor escolha que fizemos. Pelo menos é essa a nossa percepção no momento. Não que a avó não o cuidasse bem, muito pelo contrário, ela sempre fez muita questão de tomar conta do Bernardo e sempre fez isso com muito carinho.
Também não estou dizendo que é fácil. Como mencionei anteriormente, é uma decisão muito importante, já que marca o início de uma nova fase. Por isso, o período de adaptação é essencial para a criança (e para a mãe também). Fiquei com ele o tempo todo nos três primeiros dias. Nos dois dias seguintes fiquei por perto, na sala ao lado, e ele foi um menino muito comportado, chorou um pouco, mas nada fora da normalidade. Isso porque ele já era acostumado a ficar com outras pessoas, pois há alguns meses, quando retornei da licença-maternidade, ele se habituou a ficar com a avó.
Estamos otimistas com esta nova etapa. É lindo vê-lo fazendo amiguinhos. É surpreendente ver que aqueles bebês já têm afinidades com alguns coleguinhas, mesmo tendo idade média de apenas dez meses. Mesmo tão pequeninos, já é perceptível a personalidade de cada criança quando está com as demais. E essa questão da sociabilidade foi um aspecto importante que consideramos na decisão de colocá-l o na creche. Fazer amigos, conviver com outras pessoas que não sejam da família. Isso é bom para ele. Além disso, nós (pais), temos a possibilidade de conviver com outros pais e isso também pode ser positivo.
Mesmo sendo creche pública, eu pude escolher a qual ele iria frequentar, já que há mais de uma opção próximo à minha casa. Visitei algumas, conheci a estrutura do berçário, o parquinho, a área externa, as professoras, a direção e secretaria e, entre outras coisas, avaliei o atendimento também. Embora todas sigam as mesmas diretrizes na questão pedagógica, acho imprescindível um local onde eu possa dialogar abertamente com as professoras e com a equipe da instituição. Se fosse mal atendida na secretaria de alguma delas, imagina como tratariam uma criança que nem sabe falar…
A escolha foi certeira. Na creche, o Bernardo tem alimentação balanceada e, como fica apenas meio período, é alimentado três vezes. No cardápio: frutas, feijão, arroz, carne e muito mais. Ele também tem aula de educação física, onde até eu aprendi algumas atividades para fazer com o meu filho em casa e ajudar no seu desenvolvimento. E olha que sou uma mãe que buscar se informar bastante. Tento ser muito dedicada neste quesito, informando-me sobre brincadeiras compatíveis para a idade dele e tudo mais. Mas as aulas de educação física são o máximo para os bebês.
Outro ponto que nos auxiliou na decisão foi a questão da adaptação. Muitas pessoas comentaram da dificuldade das crianças se adaptarem quando são maiores. Enfim, foi uma escolha feita em conjunto e, embora também ainda estejamos nos acostumando, estamos encarando isso de maneira muito positiva.
Mamães e papais, quando houver necessidade e sentirem-se preparados, podem colocar seus bebês na creche, sem culpa nenhuma. O segredo é ter segurança do que está fazendo e passar essa positividade para seu filho, pois ele com certeza sente o que você transmite e entende o que você explica a ele. No começo é um pouco difícil, mas em alguns dias ele perceberá que vai se divertir na creche, que no fim do dia você retornará para buscá-lo e que está tudo bem.