Amor: Um contrato formal

Já faz algum tempo, entre meus próprios infortúnios amorosos e as histórias dos amigos e amigas em volta, que venho reparando a cada vez mais gritante realidade nas relações amorosas deste século, sobretudo pós-pandemia: a impaciência transforma tudo em “contrato formal”.

Tem gente pelas esquinas que transformou o amor, o romance e a paquera num verdadeiro contrato recheado de formalidades que planificam um futuro sem mesmo pensar no agora, no verdadeiro sentido do amar, conhecer e viver.

Havia um tempo em que namorar não era uma formalidade tão breve que exigisse movimento sério. A pressa pelo acontecer ou a repulsa pelo não acontecer é movida pelo nosso redor e faz-nos ser vítima ou replicar comportamentos dentro de um ambiente que, em tese, deveria ser uma poesia mais constante e doce. E nessa, quando um coração sério encontra um ser ferido, passa-se a lista das exigências de vida, insana e chata.

Olha, você aí do outro lado do jornal pode estar pensando ou passando pelas mesmas perguntas, mas não seja você a vítima deste imediatismo cheio de burocracia na vida. O amor entre duas pessoas não pode ser visto como uma imposição de vontades, mas um processo que se inicia no flerte, descoberta e conhecimento. Não estamos falando de uma vaga de emprego ou um processo licitatório, mas sobretudo da felicidade de duas almas.

De tantas coisas que já distorcemos e transformamos em trend, fake ou futilidade, que o amor de alguns não passe pela burocracia imediatista. Viva-o e não o apresse, bons momentos a dois não pedem pressa, até onde minha parca experiencia lembra-se.

E o amor, por favor, ainda precisa ser lindo. Concorda?

Deixe uma resposta