Amor… cheguei atrasado, de novo!
Nessa praga da paquera e da chegada para costurar uma história nova, cheguei atrasado!
Maldita hora que um cidadão inventou a aliança, mas talvez fosse aviso para o atrasado costumeiro que ele, de fato, chegou tarde.
A possibilidade de algo sempre acaba no momento que você ouve, em qualquer frase, o “meu namorado”.
Ou, quando em chegar em algum elemento dela, já tem um cara ali do lado fazendo a parte.
É a sina! O tempo, a timidez, aquela barreira natural que se formou com o flerte que, na visão de algumas, virou um ataque machista e misógino. Um assédio sem toque ou agressão que encolhe até o poeta ou o filósofo atrás de um papo que abra um sorriso.
Estou atrasado de novo! Ao mesmo tempo que escrevo essas linhas, outras três meninas já encontraram seus caras e eu, zanzando, cheguei tarde.
Será que, na hora que ouvi de algum motivador que “um dia, chega tua vez”, eu não perdi de novo?
Porque a solidão é a companhia certeira do atrasado. E por mais que brote um sorriso fulminante dela, sempre vem acompanhado do medo de perder (de novo).
Ah, o medo de perder tira a vontade de ganhar?
Ah, mas e se o ganhar que lhe resta sempre é o perder?
Enfim, a constante é essa, e as vezes, vontade não falta de perguntar descaradamente aqui: “ei, tem alguma moça solteira ai afim de, ao menos, um papo?”
Bem, deixa pra lá… nesses cinco minutos, já me atrasei de novo.
Ela tem namorado, droga!
