A ruína da memória de um povo se dá quando um monumento ou arquivos se perdem. História virada em escombros, lama ou cinzas que não voltam mais, fincam falando na contação da memória que faz descobrir, refletir, evitar o descaminho e reverenciar os (verdadeiros) construtores.
A cinemateca é guarda de uma história inestimável da nossa produção cinematográfica, e ela não se restringe apenas a filmes (como os da antiga Embrafilme): falamos de vídeos educacionais do antigo Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), de retratos e cinejornais de outros tempos e, ainda mais, algo do que restou do arquivo da Rede Tupi, a primeira emissora de TV do Brasil.
Mas a negligência, a negativa à arte e a história real neste país rasgam o que pode em nome de uma verdade conveniente, que fale a massa encefálica corrompida. O fogo na Cinemateca era crime anunciado, não por alguém o provocar, mas vários “alguéns” deixar-se acontecer. Cultura não rende votos, ela faz pensar e descobrir verdades, e ouvindo da boca do “xovem” Thiago Sperb: “isto tudo tem método”, não dá pra dizer que não.
Agora, outro centro brasileiro de irradiação cultural está feito cinzas, esperando sair do buraco colocado. Não apenas da estrutura acinzentada, mas da ignorância velada de autoridades que não se culpam, mas culpam o “fantasma comunista” por qualquer irresponsabilidade cometida.
Tem método… não discordo, Thiago, tentem explicar o contrário e salvem a Cinemateca. 🌻🌻