“Hey, Shazam… será que ainda existem quadrinhos?”
Confesso que foi impossível não segurar a emoção. O Shazam foi-se encontrar com o Xerife lá por cima pra algumas aventuras malucas entre as nuvens com a sua Camicleta fantástica. Aquela que perseguia a imaginação de muitos de cabelo branco até hoje quando falamos dos dois doidos nascidos em “O Primeiro Amor”, em 1972.
Paulo José era um dos meus atores favoritos. Ator com jeito de poeta, com seus movimentos e falas que pareciam sincronizados, viscerais, diretos. Puramente nascido no teatro, adaptável a todo tipo de interpretação: as mais graciosas, mais dramáticas, mas emblemáticas e profundas. Não a toa, ir do dono da oficina sobre rodas que mantinha com o também saudoso Flavio Migliaccio a um tipo como o pai alcoólatra Orestes de “Por Amor”, não é pra qualquer intérprete.
Mas, Shazam e Xerife são lembranças gostosas de minha mãe, gostosas mesmo. Só que vim a conhecer Paulo contando junto de Tony Ramos algumas das passagens históricas de Santa Catarina no especial “Santa Catarina: 100 Anos de História”, produzido nos anos 1990 na RBS. Uma daquelas produções basilares para conhecer a história no terreno que eu vivia e que eu começava a conhecer por gente.
E essa presença de Paulo por aqui me fez ver ele muito mais como um “catarinense honorário” do que um gaúcho de nascimento. Uma parte das minhas recordações que tem um selo especial deste nome que dá saudade, história, versatilidade e talento sem fim.
Gratidão, Paulo 🌻🌻