Quereres

Eu quero…

Sempre queremos…

Querer é parte da motivação vital, nos move em qualquer lado, entre o correto e até o ilógico e destrutivo.

Querer é desejar, ambicionar, materializar, trabalhar e conquistar.

As vezes, no lado torto, mata-se e cospe-se em almas e corpos por querer. E morre-se por querer.

Fiquemos com o lado reto, embora cruel e demorado, mas sonhado e ambicionado entre frustrações e sorrisos encharcados de lágrimas e brilho pela conquista do querer.

Queremos tanto e muito, e por vezes não nos vem o que queremos.

Queremos algo, e sempre nos vem a lição e a simplicidade, invisíveis e preciosas.

Queremos pouco, e por resignar-se tanto, as vezes se assustamos quando chega-se tão longe.

Queremos a paz, e o mundo teimoso prefere morte e guerra, ganancia e fogo… e sofremos calados.

O querer reside, ao simples, na espera e resiliência. Em dias, respiramos fundo e prendemos o choro e as atitudes de frustração, talvez repreendendo em nós aquela criança pequenina que, no afã do brinquedo sonhado na loja, gritava entre prantos e esperneava sem limite por ele.

Esperas são duras, quase como se o querer fosse uma fila, onde nem sempre temos a senha certa ou o momento certo. Vamos ficando, esperando, indo e voltando ao guichê e, em momentos, se perguntando se o que queremos é possível?

O amor é o mais pesado deste querer. Tanto queremos o amor como sonhamos, mas ao contrario do que pregamos em outros quereres, o amor aparece como não esperamos e quando não esperamos. Imperfeito, falho, as vezes fugaz e momentâneo, deixando mais feridas do que sorrisos.

Mas, como aprendemos com o amor… inclusive, como quere-lo em nós!

Ah, o querer… como queremos tanto e tudo o que queremos. Se tudo resumisse-se em realizar sonhos, talvez não tivéssemos mais o que querer. Mas que vazio seria se, na nossa inocência simples não tivéssemos o ponto do bom e do bem querer.

Continuemos querendo. Sonhar, buscar, pedir, esperar com fé, até hoje sempre funcionou

E repito sozinho, brilhando os olhos: Eu quero!

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