Última prosa com o Scheik

O Scheik fechou a cortina, e poxa… a gente não sabia que era o fim do espetáculo. Ficamos todos sentados, olhando para o lado, onde foi o nosso ator? Naquela coxia escura detrás do palco, as cortinas balançavam ainda, mas…

O que o passado nos diz?

Passado… Eu trabalho com ele muitas vezes quando revisito a história ao nosso redor, mas em outras tenho o péssimo hábito de revisita-lo da forma errática. E sempre dizia pra mim mesmo que a culpa era da minha boa memória,…

Depois do voo da borboleta

Você sente-se fraco ao falar do que já passou? Talvez não guardaria nada, nem mesmo um tímido bilhete de canto de folha de outros tempos, apenas para se colocar numa posição de “forte” diante de um fim, uma despedida que…

Gisele

Eu lembro do tempo distante que a chamavam de “filha do picolezeiro”… Garoto inocente, puro filhinho da mamãe, paparicado e sempre com a bendita camisa por dentro da calça, pensando ser a forma correta de vestir-se. Inocente, pueril, olhando o…

Cravos e poderes

Você reconhece o poder de uma flor? A flor que, cálida, nasce encharcada pelo orvalho e cresce radiada pelo sol, para alegrar mais um dia dos parcos cristãos nesta terra que ainda apreciam a beleza de uma flor. A flor,…

Monólogo das Mãos

(DE: Giuseppe Ghiaroni) Para que servem as mãos? As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar,…

PROSA E VERSO | Noturno (Carla Silva)

Há momentos de solidão, nestes correres da vida, que nunca entenderemos como eles aparecem e permanecem corroendo o ser. Esses períodos insólitos chegam sorrateiros mesmo com o astral firme, tomam conta e te colocam numa espécie de transe, onde qualquer…

Noite Portuguesa

Acabou, enfim! Calma, não é nada triste, nem uma citação coberta de raiva ou frustração, embora, talvez aquela alegria quase raivosa esteja nestas linhas. Ainda inebriado de alegria e passadas duas semanas, impossível é não sentir ainda, mesmo que mais…