“Querido” casal…

O “querido” é sarcasmo. No entanto, a ignorância e arrogância mental não se deixa nem olhar para o lado.

Ainda bem que o que sai da boca dos distintos não é o que pensa um estado inteiro, sobretudo aqueles que aqui estão fazendo aquilo que muitos almofadinhas como vocês não fariam: trabalhar em funções de igual nobreza e maior esforço do que travestir-se de influenciadores de alguma coisa ou bobagem qualquer.

Eu não penso como vocês e SC não é uma ilha. Para alguns, veste-se de oásis sendo que tropeça nos próprios cadarços quando quer se amarrar a preceitos antiquados, burramente conservadores e ignorantes, beirando a xenofobia pregada e verbalizada dia a dia, até mesmo em veículos de comunicação.

Quem pisa aqui em busca de trabalho traz coisas que não temos e devíamos ter: afabilidade, sorriso, vontade, desejo de vencer e construir dias melhores entre nós. Condutas erráticas são comuns de qualquer ser humano, inclusive o intocável catarinense que diz-se ser “educado e correto”, mas também é capaz de barbáries, crimes, desleixos, agressões e preguiças, como qualquer outro povo.

A arrogância é um veneno antigo de muitos que enclausuram-se no manto conservador como se dentro dele não houvesse corrupções ou desvios, mas tudo isto oculto por gritos fanáticos em defesa de morais furadas e políticos condenados ou defenestrados.

Santa Catarina é Brasil, e tal como um estado da federação tem suas características assim como também tem seus erros, desfalques e descaminhos. Por isso, antes de abrir a boca atrás de curtidas apoiadas em discursos furados, uma aula de estudos sociais com conteúdo e sanidade não é opcional, é necessidade para mente vazia.

E no mais, se o desprezo pelo “forasteiro” fosse regra como vocês queriam, que diriam vocês de alemães, açorianos, italianos e outros que aqui buscaram vida melhor tangidos pela pobreza de seus países em outros tempos?

Cuidado, querido casal, ignorância é veneno e congênita. E Santa Catarina – ainda bem – não pensa como vocês.

Obrigado, de nada.