A gente deseja que alguém leia, a que apontamos o dedo em meio a multidão do vazio destas telas que aproximam e, por vezes, irritam os olhos.
E no meio destas coisas sem alma, significado ou coração, eu ainda encontro o olhar dela enquanto fecho os meus olhos procurando ser o teimoso que bate o pé e diz quase em grito: “eu acredito na poesia, eu acredito no amor!”
É difícil! Você sempre está a margem de todas as formas de relações (ou não-relações) que se inventam hoje. Como complicamos o amor, o carinho e o sentimento colocando responsabilidades antes da hora e criando regras imaginárias.
O que se quer, enquanto cultiva-se uma linda história é apenas deixar que ela cresça e consolide-se quase que sozinha, deixando que sonhos e caminhos se façam por si como parte desta poesia.
E a poesia? Por que não mais se valoriza uma palavra de verdade, um símbolo simples e sincero, como prova de amor verdadeiro? Acha-se tudo meloso e brega, e quando se vê apenas beija-se e abraça-se (e, por que não dizer, toca-se) por nada, apenas por satisfações fugazes que não enchem alma, mas fazem o sangue apenas correr mais depressa. E nada se resume a isso.
A vida, quando permeada pela inspiração do romance (e quando ele acontece com alguém) não é um processo automático pautado por teorias frias e elementos gélidos. Isso tudo é balela, justificativas de quem teme deixar-se embalar pela beleza da verdade e do caráter do ser humano, ao menos dos que acreditam. Rasgam-se livros e teorias, estudos e teoremas, vive-se uma flor simples, um pôr-do-sol e uma lua… uma poesia, por mais simples que ela seja.
Eu sei que ninguém lerá! O Instagram, na sua frieza cotidiana, dá de costas a palavra e prioriza o artificial de muitas imagens. Mas se eu puder bater o pé e acreditar no poder das palavras e de um beijo na mão dela, eu vou ainda olhar para cada um e dizer: “eu acredito no amor e na poesia”, e sou capaz de quebrar o gelo de distâncias com uma flor por sobre livros de teorias e estudos.
Deixa chover e fazer frio. Aqui está um ser que nunca desistiu do amor e dela, da poesia… e dela.
Você acredita nisto? Diga a verdade e flua!
Estamos por ai…