Um atleta focado, preparado para o que vai encontrar na briga por, quem sabe, milésimos de segundo ou detalhes que se tornam decisivos na conquista de uma boa posição ou, obviamente, a sonhada medalha. O foco de Altobeli da Silva (acima), atleta do atletismo brasileiro em Tóquio, parece bem claro, ao menos para ele…
A recente declaração do atleta em redes sociais sobre a algazarra de outros atletas do país na Vila Olímpica me faz pensar fundo: é claro que muitos que lá estão aproveitam o momento para conhecer novos lugares, divertir-se e conhecer um novo país… bem diferente do que o homem com nome de jogar italiano vê: som alto, extravaso fora do padrão de quem deveria, de fato, estar focado.
É certo que nem todo o brasileiro que vai a uma olimpíada vai sair de medalha. Que sempre voltamos com elas, é fato (e até terminar este post, no domingo, já estávamos com duas no quadro), mas antes de qualquer diversão, o foco é, sem dúvidas, o esporte, o momento, a hora de colocar a esportividade para, de fato, funcionar diante do mundo todo.
E outra coisa que pondero: a oportunidade de sair de um Brasil preso e trancafiado numa pandemia em que teima não sair (pela inépcia governamental e de outros tantos) para ser um tanto mais “livre” talvez explique a empolgação, mas foco é foco, e se você usa do esporte para turistar sem sentido, largue sua vaga e deixe-a para quem quer buscar alguma coisa, seja um resultado para si ou para um país inteiro.
Há tempos perdemos o foco. Nem todo dia ou lugar é um eterno fim de semana, mas quem pode explicar isso para os abnegados atletas deste país (não todos, claro)? 🌻🌻