Domingo de dia das mães. Aquele roteiro clássico de acordar antes dela junto do seu pai, preparar um café da manhã inesquecível e a surpreender com a mesa feita, um presente que ela certamente adorará e ser coberta de todos os carinhos do mundo. Clássico, clássico, clássico… Simples e belo como quaisquer coisas da vida que jamais esquecemos.
Não há dúvidas, hoje é o dia da mãe – que, na opinião deste jornalista, é todo dia – e a ela rende-se todas as homenagens. Em qualquer estágio da vida de seus filhos ela está presente. Desde as trocas de fralda e ninadas antes de dormir, passando pelo primeiro dia de escola, as ocasionais doenças, a faculdade, a primeira namorada (ou namorado, para as moças), tantos momentos que não se contam. E nesta ciranda de sentimentos, pensamentos e afazeres gostosos dia a dia a gente se pergunta que sensações correm pelo coração e pela mente? O que é ser mãe? O que inspira? O que torna isso tão especial?
Para entender esta missão única na vida de uma mulher, A BOINA convidou com a maior reverencia e honra quatro amigas jornalistas e mães que contarão para nós as suas experiencias nesta odisseia magnifica junto dos herdeiros. Uma homenagem merecida a elas e a todas as mães que por aqui passam e uma fonte de inspiração para aqueles dias mais pesados (que, as vezes, aparecem)…
Roberta Koki
Falar que minha vida mudou depois do nascimento da Taysa é cair na mesmice do discurso de mãe…mas foi uma transformação muito positiva pra mim, como mulher. Descobri uma força e uma coragem que não imaginava que eu tinha.
Passei a entender, melhor do que nunca, a minha própria mãe. Das formas de amor, essa é a mais pura e sincera, que só cresce, que transborda o peito. Ser mãe é ter os sentimentos mais controversos ao mesmo tempo…é, às vezes, pensar: “pára o mundo que eu quero descer”, e também: “como posso um dia ter sido completa antes desse serzinho chegar?”.
Ser mãe é viver uma culpa constante, por menor que seja o motivo. Será que estou fazendo o certo? Será que estou dando um bom exemplo? Mas qualquer dúvida de uma boa postura se resolve com um sorriso doce, uma risada gostosa, um carinho na pele, num “ti amo, mamãe”…porque quando isso tudo vem de uma criança, não há como não se sentir um dos mais amados seres humanos do universo.
Por isso agradeço todos os instantes pela chance de ser mãe. E de ser mãe da Taysa, que me incentiva a ser uma pessoa melhor a cada dia.
Ana Paula Ruschel
A maternidade me fortaleceu. Aprendi a importância do planejamento para dar conta da rotina profissional e de mãe. Quando o Antônio chegou em minha vida, percebi que eu era capaz de muito mais.
Ele norteia meus passos e é meu incentivo a cada novo projeto. Sou mãe 100% do meu dia e com muito orgulho. Graças ao Antônio eu conquistei novos desafios.
Nane Pereira
A maternidade me tornou um ser humano melhor. Mais atento aos detalhes, instintos, mais atento ao outro, mais generoso. No jornalismo, ou no jornalismo cultural, área em que atuo há muito anos, a sensibilidade, o olhar apurado, é uma dádiva, mas que com o ir e vir do cotidiano por vezes pode endurecer.
A prática da maternidade – gerar outro ser humano, trabalhar a paciência, a empatia, o respeito de que o bebe que carregas no colo é outro ser humano, que sente, que é único em sua existência, que precisa por um determinando tempo da tua voz (assim como os leitores/povo/comunidade), da tua atenção, do teu servir, até que ele possa responder por si e caminhar com as próprias pernas – é um exercício de amor.
Mas a relação não acaba depois de formado e informado, o filho (a), o filhote (a) ainda precisará de ti, de um colo de vez em quando, de conselhos, de um olhar amoroso dizendo que está tudo bem e de que tudo vai dar certo. Quando as notícias são cruéis, quando o ser humano desaponta é no sorriso do meu filho que encontro o motivo para continuar, para ser melhor, para seguir em busca de evolução e acima de tudo de praticar a tolerância e o amor ao próximo.
E por falar em amor, quanto sentimento bom há em um sorriso. A maternidade aflorou a minha paixão por gente, e por gentes que gostam de gente.
Josiane Caitano
Amo ser mãe. Eu sempre soube que seria maravilhoso, mas hoje vejo que é ainda melhor do que eu pensei. Depois de uma gestação tranquila, no dia 27 de março de 2016, nasceu meu filho Bernardo. Diferente do que ouço de muitas mães, minha vida não mudou por inteiro com o nascimento do Bê. Ela se transformou a partir da hora em que descobri que estava grávida. Foi uma alegria imensa saber que dentro de mim, outra vida começava a se formar. Quando o teste de farmácia deu positivo meu coração transbordou. A gravidez não foi planejada, mas era um sonho enorme que meu marido Leandro e eu alimentávamos há anos.
Aproveitei cada momento da minha gestação. A primeira vez que senti meu filho se mexer dentro de mim foi indescritível. As lágrimas foram inevitáveis. Foi um algo muito esperado. Chorei. Chorei mesmo. E foi tudo maravilhoso, ouso afirmar que foi mágico. Eu só queria curtir cada instante, pois amava aquele barrigão.
E é assim. Há exatamente 42 dias, uma nova vida veio ao mundo. O nascimento do Bê significou o início de uma nova fase. Eu o esperei tranquila, com muito amor para dar. Ele veio para somar, para me completar. Foi uma escolha que fiz. A melhor de todas.
No nascimento, ele me reconheceu pelo cheiro. Foi o início efetivo de uma cumplicidade inexplicável. O primeiro banho. A primeira vez que ele olhou nos meus olhos. A emoção da amamentação. A cada dia é uma sensação. Uma nova descoberta. E quero viver e aproveitar cada momento.