Maternidade em A BOINA: O que se aprende com o nascimento de um filho?

Prefácio: Experiências de mãe jornalista para as mães amigas

(André Bonomini)

Quantas experiências uma mãe pode viver, especialmente nos primeiros contatos com o amado filho ou filha? A BOINA abre espaço para a maternidade e suas poesias e dicas, com uma querida amiga e mãe jovem tomando as rédeas deste novo espaço (Reprodução)
Quantas experiências uma mãe pode viver, especialmente nos primeiros contatos com o amado filho ou filha? A BOINA abre espaço para a maternidade e suas poesias e dicas, com uma querida amiga e mãe jovem tomando as rédeas deste novo espaço (Reprodução)

Então, A BOINA vai abrir o espaço as mães que aqui pousam os olhos em busca de experiências, dicas, histórias, momentos para compartilhar. Entre nossa audiência diária – que nunca sei exatamente o perfil meramente por acompanhar apenas números – duvido que não tenha passado por aqui os mais diversos tipos de mãe que o mundo abriga. A moça ansiosa pela vinda do primeiro filho(a), a mulher cujo rebento dá os primeiros choros, a que vive ou viveu todas as experiências do herdeiro ou herdeira, e por ai vai as mais variadas das mães.

A mãe, este ser que tanto fascina e encanta por ser nossa primeira referencia de mulher forte e professora da vida, é uma peça do mundo de beleza de sentimentos ímpar. Capaz de todas as coisas pelo bem dos filhos, tendo muitas vezes de dividir a própria vida com as tantas vidas que dependem de si. É quase como diria o filósofo da Jovem Guarda, Erasmo Carlos, são muitas vezes quatro homens dependentes e carentes da força da mulher, da mãe que todo dia cruza seus caminhos numa batalha constante e travada sempre com amor e sorrisos em abundancia.

Mães e jornalistas: (esq-dir) Ana Paula Ruschel e Antônio, Nane Pereira e Ian, Roberta Koki e Taysa, e nossa nova amiga em A BOINA: Josiane Caitano e o pequeno Bernardo. As quatro presentes no especial de Dia das Mães este ano em A BOINA (Reprodução / A BOINA)
Mães e jornalistas: (esq-dir) Ana Paula Ruschel e Antônio, Nane Pereira e Ian, Roberta Koki e Taysa, e nossa nova amiga em A BOINA: Josiane Caitano e o pequeno Bernardo. As quatro presentes no especial de Dia das Mães este ano em A BOINA (Reprodução / A BOINA)

Nesta passagem pelo post 500, determinei que mais amigos se juntassem em A BOINA para compartilhar suas especialidades e histórias como colunistas. A maternidade, mesmo que muitas vezes reservada, é um recanto de experiências únicas e contos únicos que relaxam os corações preocupados de outras mães, mostram rumos e debatem temas. Neste meio, as mães-jornalistas (que já destacamos neste ano no especial de dia das mães) talvez sejam as mais recomendadas a contar, de uma forma simples e sensível, o que vivem e aprendem junto dos frutos do amor que colhem com seus senhores. Belas palavras, ensinamentos que edificam e, ao mesmo tempo, emocionam.

A moça de Palma Sola, sempre sorridente, pronta a aprender e um ás da assessoria de imprensa em Blumenau: Bem vinda, Josi! (Arquivo Pessoal)
A moça de Palma Sola, sempre sorridente, pronta a aprender e um ás da assessoria de imprensa em Blumenau: Bem vinda, Josi! (Arquivo Pessoal)

E foi pendurando o cartaz de procura-se na parede de A BOINA que uma querida amiga, quase irmã, está pisando aqui pela vez primeira. Moça de Palma Sola – simpática cidade do oeste catarinense – um ás da assessoria de imprensa na cidade e, também, uma mãe de primeiras viagens e experiências que vai compartilhar um pouco disto conosco. Apresento com muita honra a jovem e sempre meiga Josiane Caitano, nossa nova amiga e uma mãe-jornalista pronta para nos folear páginas e páginas de histórias e experiências ao lado do pequeno Bernardo, o filho que lhe estampa sorrisos todos os dias.

Bom, acho que não preciso mais me estender tanto neste prefácio, a querida Josi sabe bem o que faz e não é a toa que por muitas vezes já esteve aqui em A BOINA na função que exerce como assessora de imprensa em grandes matérias. Agora é a vez dela abrir o livro dela mesma e nos presentear com a vida e experiências de uma mãe. O espaço é seu, minha jovem.

Fiquemos com Josiane, Bernardo e a Maternidade em seu mais belo significado em A BOINA.


O que se aprende com o nascimento de um filho?

(Josiane Caitano)

(Arquivo Pessoal)
(Arquivo Pessoal)

Aprender sempre foi um verbo muito utilizado no meu vocabulário. E não me refiro apenas aos estudos e ao trabalho, mas, principalmente, aos valores humanos e à forma de ver e encarar a vida. Aprender a ouvir, a ver, a escrever, a falar, a ir além do significado mais óbvio dessas palavras e relacioná-las ao sentido mais humano mesmo. Aprender a ouvir o que não é dito, a ver o que não está nítido, a escrever como forma de expressar o que sentimos, a falar da maneira mais adequada para que sejamos compreendidos.

Sempre ouvi dizer que um filho muda tudo na vida de uma pessoa. Posso afirmar que a chegada dele intensifica e fortalece coisas que a gente já sabia, mas que muitas vezes não colocava em prática ou não dava a devida importância. Faz despertar o que de melhor a gente pode ser. Faz repensar e amar tudo o que se é e tudo o que se tem. Faz ignorar e, se for o caso, deletar o que foge do essencial. Com o nascimento do Bernardo, há pouco mais de sete meses, isso ficou ainda mais claro para mim. Por isso, resolvi compartilhar alguns dos tópicos relacionados ao aprendizado que é fruto da maternidade:

Comemorar cada vitória, por menor que seja: à medida que amadurecemos, vamos nos cobrando sempre mais. A autocrítica nos faz querer sempre buscar o nosso melhor, mas, muitas vezes, nos faz valorizar apenas o que é mais importante, com base em determinado ponto de vista e nos esquecemos de comemorar, igualmente, as pequenas conquistas. Alcançar um objeto que estava fora do seu alcance, mas que só foi possível porque aprendeu a engatinhar; tirar uma touca que estava incomodando na cabeça, mas que a mãe insistia que deveria usar… Nesta fase, tudo de novo que o Bernardo consegue fazer, por mais simples que seja, já é motivo para um sorriso largo. Afinal, a vida é a soma de pequenos detalhes.

(Reprodução)
(Reprodução)

Nem tudo é o que parece ser: o que para a gente é algo simples, para o outro pode ter uma grandeza imensurável. Sentar-se sozinho e virar-se de bruços são dois exemplos disso. Para nós – que já sabemos – é tudo tão fácil, mas para quem está aprendendo é uma novidade, e é preciso saber compreender isso.

Cada coisa acontece no tempo certo: você já ouviu falar que cada bebê tem seu tempo para engatinhar, caminhar ou falar? Isso acontece durante toda a vida. Muitas vezes pensamos em desistir de tudo porque as coisas não estão acontecendo como gostaríamos. Tudo muda, quando um dia, do nada, aquilo que esperávamos há muito tempo acontece e logo percebemos que só não aconteceu antes porque não era a hora, porque ainda não estávamos preparados para aquilo.

Admirar as coisas mais simples: frequentemente, na correria da vida, não percebemos como ela é maravilhosa e como somos sortudos ao sermos contemplados com tanta beleza nesse mundo. Uma das primeiras coisas que o meu filho me mostrou é nunca esquecer de contemplar a vida, na sua forma mais autêntica. Como não se encantar ao vê-lo admirado com a imagem de uma simples árvore? Mesmo tendo vários brinquedos modernos e coloridos ao seu alcance, como não se maravilhar ao vê-lo se esforçar ao máximo para pegar um simples pote de margarina – com qualquer coisa dentro – que a avó transformou em chocalho?

(Reprodução)
(Reprodução)

O que fica é o essencial: durante um dia intenso, dividido entre trabalho, atividades domésticas, preocupações diversas, chegar em casa e contemplar o olhar do filho, seguido de uma gargalhada gratuita, que demonstra espontaneamente toda a felicidade em te ver, não tem preço.

Certamente, depois da fase maravilhosa da gestação, esses últimos sete meses foram os mais intensos e mais lindos até agora. E o que tenho feito é aprender. Aprender para poder ensinar pelo exemplo.

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