(Lucas “Luke” Baldin e André Bonomini)
Prepare-sem para o Especial Videotape! Videotape em dobro!
Não, não é a Equipe Rocket arrumando encrenca em dobro. Hoje é a dobradinha Lucas + André. Ah, e por falar nisso…
Hello, Videotapers! Tudo bem com vocês?
Eu estou bem, se você não perguntou está respondido. Hoje, sábado, a franquia de games e, consequentemente, desenho animado completa 20 anos. Você já ouviu falar em Pokémon?
A saga que começou nos videogames e foi para as telinhas fez um sucesso danado desde que surgiu. Bem, para quem não conhece vou dar um resumo (do jogo, que é o mais velho dos irmãos). São várias versões de Pokémon, nelas seu objetivo é se tornar um mestre pokémon, capturando eles e os treinando, vencendo líderes de ginásio e chegando a liga. Além disso você vai cumprindo missões, achando itens e evoluindo seus pokémons. Isso foi um baita resumo de um jogo que deu inicio a uma franquia gigantesca de muito sucesso.
Pokémon foi lançado para videogames, em desenho para a televisão, em curta e longa metragem para os cinemas, em gibi, em jogo de cartas e até em cd com as soundtracks dos filmes e temporadas do desenho. Mas não é esse o foco. Como eu disse antes foi um curto resumo para quem realmente nunca ouviu falar de Pokémon. Eu, Luke, e o chefinho querido André Bonomini vamos relatar nossas memórias referentes a essa franquia topzera do oriente que estourou também no ocidente. Começando comigo e depois com o André, assim como no Especial de Carnaval.
Combinados assim? Fechou bateu? Dale, entonces!
Luke e prematuridade na caça Pokémon:
(Luke Baldin)
Conheci Pokémon aos seis anos. Primeiro o desenho e, até os 13 anos, nunca ouvi falar do jogo. Como a internet estava ficando mais popular lá em casa em 2007, foi só a partir daí que tive conhecimento de todo o universo Pokémon com mais profundidade.
Voltando à 1999 quando o Lukezinho tinha quatro anos, eu curtia muito assistir a Eliana na Record e foi assim que os pokemóns invadiram a minha casa. Claro que eu adorei o desenho. Não tinha dez anos ainda, eu iria completar cinco anos. Mas quem disse que eu segui a regra de começar minha jornada só com dez anos?
Tamo no Brasil, poxa! A partir daí eu comecei a ter muitos bonequinhos de Pokémon. Porém minha mãe se livrou de todos (T.T) . Só me sobraram alguns, e meu favoritos são esses aí:
Conforme fui crescendo comecei a jogar por emuladores os jogos de Pokémon e era bem divertido. E ainda assistia aos desenhos. Passou na Record, na Globo e até na RedeTV!. Eu amava as pokebolas e como era prático levar Pokemóns por aí…
Porém a minha paixão pelo desenho começou a diminuir. Parei de assistir ao desenho lá pela décima temporada. Além de não passar mais na rede aberta, o desenho perdeu aquela essência que tinha no começo. Claro, por se tratar de um desenho com uma cacetada de temporadas, além de o público ir se renovando, as idéias e objetivos mudam também. A mim não agradou muitas coisas, tipo, o Ash não crescer, o Pikachu não evoluir e por aí vai.
Por falar nisso. Um acerto na minha visão foi o especial Pokemon Origins (Pokemón Origens), um especial de quatro episódios onde o storyboard do jogo Pokemón Red Version é contada em desenho. Além da história ter me agradado mais, adorei a trilha sonora, a fotografia e por ter assistido em japonês, não precisei me deparar com a voz irritante do ash brasileiro (nada contra o dublador – Fabio Lucindo – mas a voz esganiçada me irrita).
Há Pokémons por ai… Veja a demo de Pokemon GO, o mais recente dos jogos da franquia:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=2sj2iQyBTQs]
Por falar nisso, em PKN Origins, você acompanha a jornada de Red, protagonista de PKN Red. E ainda, para me animar, tem o jogo para celular Pokemón GO, onde você captura os monstrinhos no mundo real. Ainda não tem data de lançamento, e a ansiedade? Como faz?
Gente, me despeço e deixo vocês com o André, se você quiser dê uma olhadinha nesse vídeo em comemoração ao pokeníver:
Okay, Lucas! Grande ideia e grande texto (como sempre só que não hehehe), agora me permita participar da festa também. Afinal, eu também quis ser um Ash da vida… e Pokémon é, hoje, uma eterna e gostosa nostalgia!
Aquela febre que virou nostalgia
(André Bonomini)
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=w2HL4RjP5ck]
Já se vão 20 anos de uma perseguição quase eterna de um sonho (coisa que virou até teoria soturna, como conta o jovem Felipe Castanhari, do canal Nostalgia), e sempre com os mesmos 10 anos, o sempre parceiro boné e tendo um rato elétrico a tiracolo, o sonhador – e, as vezes, estabanado – Ash Ketchum segue atrás da meta de ser um Mestre Pokémon.
Seja como for, a que pé está e com quais amigos anda, o jovem Ash chegou ainda mais agoniado e aguerrido aos 20 anos de vida, data que marca o início da jornada? Um dia 27 de fevereiro no distante 1996, quando o moleque travesso de Pallet saiu da casa da mãe atrasado e de pijamas a cata da única criatura que lhe sobrara no laboratório do professor Carvalho: Um temperamental Pikachu que recusava-se a entrar na pokebola e não aceitava ordens. Dali para cá foram um sem-número de aventuras por várias cidades, batalhas vencidas e algumas perdidas, amigos colecionados e momentos que misturam emoções das mais extremas: De humor a ação, do amor as lágrimas por rincões sem fim.
Satoshi Tajiri, o homem por trás da obra, jamais poderia imaginar que as criaturinhas que criara tornariam-se, em pouco tempo, uma das maiores febres do anime mundial, além de uma das maiores marcas da animação nipônica em todos os tempos. De crianças a jovens quase adultos, Pokémon arrebatou corações com as histórias de Ash, Misty e Brock (o trio original) por cidades e mais cidades, acampamentos e casas isoladas, pelo ar e pelo mar atrás de descobertas, insígnias e lições. Isto sem contar as intentonas de Jesse, James e Meowth – a Equipe Rocket – em busca do cobiçado Pikachu (coisa que estão fazendo até hoje).
Os amigos mudaram muito, os lugares tornaram-se uma sucessão de aventuras sem mais o mesmo apelo. Mas mesmo assim, a cada zapeada por entre os mais de 300 bichos, Pokémon tem alguma coisa que me atraia a cada episódio, mesmo que nunca eu seguindo uma sequencia linear dos fatos, como eu o fizera aos meus 9, 10 anos de idade.
Sim, eu mesmo não imaginava que esta febre iria me tomar conta como me tomou, me renegava a ela mas foi impossível resistir a ela. Eram revistas, brinquedos e maratonas vistas hora após hora sem cansar na tela do saudoso Cartoon Network. Tempos de fantasias, onde cada um empunhava tazos como se fossem o próprio Ash em jornada.
O tempo passou, da minha fase de viciado em Pokémon vão-se quase 10 anos, mas da série vão-se 20 primaveras de histórias únicas. Tão únicas que algumas dão o que falar até hoje. E começo justamente por aquelas que mais se falam apenas pela polêmica que causaram. Os peitos de James, as armas apontadas para Dratini e, talvez a mais violenta, quando o soldado cibernético Porygon apareceu pela primeira vez na série, em uma trama que ficou marcada negativamente por uma sequência de azul-vermelho acelerada que levou mais de 600 crianças japonesas a hospitais por sintomas causados pela visualização dos quatro segundos da cena.
Mas por que lembrar só das polêmicas? Toda a atração de grande porte tem as suas, Pokémon não escaparia delas. Sobram muito mais momentos de ternura, de humor contagiante e de pura ação. Recorda-los aqui seria praticamente impossível, são vários, incontáveis.
Eles passaram e a vida seguiu. Cresci, virei jornalista e nostálgico, e recordar a criação de Mr. Tajiri-san apenas traz hoje uma gostosa saudade de tempos inocentes, de uma infância movida a 150 criaturas (que viraram 251 e passaram para mais de 300), centenas de pokebolas e vários foras que Brock levara das belas moças no decorrer do tempo. Tempinho bom, mas que passou.
Realmente, Mr. Tajiri-san não faz ideia até hoje que a sua brincadeira de criança com pequenos insetos virou um ícone dos anos 90. Pikachu pode muito bem se juntar ao hall de personagens marcantes de desenhos animados graças a seu carisma, rebeldia e pela amizade quase irmã com Ash. Nunca entrará numa pokebola nem por decreto e, por muito tempo ainda, será um ícone neste mar de criaturas. Fora os cartuchos de Nintendo, os produtos relacionados, homenagens, a proporção de Pokémon apenas parou de crescer, pois ela ainda segue permeando mentes mundo afora.
Novas temporadas virão? Ash se tornará, enfim, um mestre Pokemon? Jesse e James capturarão Pikachu? E o pequeno rato elétrico entrará numa pokebola algum dia? Nada disso se sabe, apenas sabe-se que, pelo andar da carruagem, há muito chão para o garoto da pequena Pallet e seus amigos percorrerem, aventuras para viverem e pokemons para conhecerem.
Não importa que hoje esta febre tenha abrandado, a febre Pokémon não acabou, apenas virou, para alguns, uma saudável nostalgia.
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