(Lucas “Luke” Baldin)
Hello, Videotapers! Tudo bem com vocês?
Mais um VTnaB começando e eu queria ter descido de uma nave e ter cantando Um Novo Planeta (Xuxa Seis, 1991) mas vamos combinar que a verba tá mais curta do que a minissaia da Anahí em RBD Tour Generación En Vivo de 2005. Por falar nisso, em minissaia e orçamento o tema de hoje tem a ver com saias, blusas e roupas em geral. Cada um tem seu estilo e isso é a melhor coisa. Poder se expressar através do visual e passar uma mensagem com ele.
Muitas pessoas ligam pra isso e outras não. Ok, cada um é cada um e se comporta da maneira que achar mais conveniente.Aí temos uma indústria de comunicação em massa que precisa entreter o povo. E ali temos os reality shows que ganharam uma infinidade de categorias: sobrevivência, confinamento, cozinha e… moda!
É sobre isso que vou falar hoje. Sobre os programas de make over, a famosa transformação. Não vou falar de um específico, mas no sentido abordado no gringo What Not To Wear (O Que Não Vestir, em tradução literal) e que aqui no Brasil ganhou uma versão nomeada Esquadrão Da Moda (muito mais criativo, não?).
Essa semana a procura do que assistir deixei em um dos canais do pacote Discovery (o TLC) em que passa esse tipo de programa, que me deixa muito curioso, por sinal. Além do Esquadrão da Moda lá dos gringos, assisti um spin-off com uma das apresentadoras, Pegar Ou Largar?, e também um programa de competição sobre quem é a Fashionista mais top das baladas, Vestida Para Matar: América Latina.
Tudo isso me fez pensar, esses programas em que alguém opina em como você se veste e também aqueles shows que querem transformar alguém, será que não estão indo longe de mais? Dividi meu pensamento em dois, afinal eu concordo e discordo desses programas. Ao mesmo tempo que a proposta é interessante eu acho algo errado e conservador de mais. Por que? Você descobre no texto dividido em duas parte: Contra e a Favor.
Vamos lá que hoje o bicho vai pegar!
Parte 1: Por que ser contra os programas de moda e transformação?
Cada um é cada um. É natural ouvir isso de mim várias vezes. Cada um vem de uma criação, vem de uma ilha de fatores, tem sua bagagem cultural e emocional, tem seu ponto de vista e tem o que dizer. A moda e o vestuário é isso. Não apenas colocar uma roupa para cobrir seu corpo e deu. Cada um tem seu estilo e está no direito de usar aquilo que gosta e aquilo que lhe faz bem. Cada um tem seu próprio ponto de vista e é justo coloca-lo como lei na hora de ensinar alguém que pensa de uma maneira totalmente diferente a se vestir?
Se eu gosto de misturar uma camiseta xadrez com uma camiseta listrada, qual é o problema? É meu corpo e eu gosto de sair assim. A partir do MEU PONTO DE VISTA é bacana misturar estampas. Eu sou uma pessoa mais animada e que gosta das coisas too much. Extrapolar ao máximo alguma coisa. Misturar, mesclar e obter resultados novos. Esse é quem eu sou e a maneira como eu escolho as peças de roupa que vou vestir, como vou combinar ou até mesmo nem combinar é um reflexo de quem eu sou.
Provavelmente os apresentadores e consultores que ajudam a remodelar o estilo de cada pessoa que vai participar desses lances de transformação são, com toda a certeza, um reflexo que não condiz com o estilo da participante. Como faz daí?
Ainda tem programas que as participantes disputam para ver quem é a mais fashionista. As escolhas são feitas a partir do ponto de vista dos jurados. Acho isso meio tosco. Afinal, cada um pensa de um jeito. Daí uma mulher se veste toda de rosa achando que é top. Vem um jurado e diz: Isso não é ser fashionista. Daí vira uma outra jurada pega e diz assim: Só uma fashionista consegue se vestir toda de uma cor só. Isso começa a me bater um tiricotico por que tudo é questão de ponto de vista. Por que não saí todo mundo pra C&A gastar o décimo terceiro em brusinha?
Tudo é questão de expressão e ponto de vista. Não acho bacana alguém de fora meter o bedelho em algo que ele acha errado. Ele acha isso, outra pessoa talvez não. Cada um na sua faz um ambiente menos tumultuado.
Como diria o vôzinho que mora dentro de mim que acha que na minha época tudo era melhor.
Parte 2: Por que ser a favor dos programas de moda e transformação?
Cada um é cada um. É natural ouvir isso de mim várias vezes. Cada um vem de uma criação, vem de uma ilha de fatores, tem sua bagagem cultural e emocional, tem seu ponto de vista e tem o que dizer. A moda e o vestuário é isso. Não apenas colocar uma roupa para cobrir seu corpo e deu. São cortes, moldes, tamanhos e uma infinidade de coisas que complicam toda escolha.
Antigamente parece que era a roupa que deveria caber no corpo, hoje em dia é o corpo que tem que caber na roupa. Muitas pessoas não tem coragem de assumir que não entram numa calça 40 ou que uma camiseta GG fica muito melhor do que o G Slim. Ou pior, tem aqueles que esquecem que a maneira como nós nos vestimos passa uma primeira impressão, que dependendo de quem tê vê fica ou vai mudar.
Pense comigo: Você vai comprar uma casa. A corretora tem leva para ver a primeira casa. Que é linda por fora, tem as paredes bem pintadas, um jardim bonito e bem cuidado, o telhado com as telhas inteirinhas, tudo no lugar e no capricho. Depois levam-te para conhecer a segunda casa que esta toda arrebentada. As janelas não condizem com o resto da casa. É exagerado, cheio de coisas pelo jardim que fazem seus olhos quererem se fechar para descansar a vista.
Com base NA PRIMEIRA IMPRESSÃO, qual você iria escolher?
Com nossa aparência é tipo isso, cortando esse lance de caráter e tudo mais, a nossa faixada é o cartão de visita. É convidativo conversar, conhecer e até mesmo ceder uma oportunidade de emprego a uma pessoa que está vestida de maneira adequada com o ambiente, que tem estilo mas que sabe dosar, que se cuida e que tem capricho. Afinal, sim, é capricho e faz bem para a auto-estima cuidar de como você se veste, que mesmo que seja só uma calça jeans e uma polo foi pensado e escolhido de maneira que seja favorável a você.
Esses programas, principalmente os que cuidam de reeducar o dedo para visual tem abordado a postura que comentei a cima. De quem uma boa aparência é seu cartão de visita. Os programas estilo Esquadrão da Moda tem abordado isso. Escolher roupas e ensinar a participante a escolher peças que valorizem o corpo da pessoa. Tirar aquele conceito de que para ser sensual precisa-se usar roupas super apertadas, blusinhas que deixam tudo muito a mostra. É fato que isso espanta as pessoas. Tudo em excesso faz mal. Inclusive aquelas pessoas que se enchem de roupa parecendo que estão no deserto e que precisam usar muita roupa para o suor hidratar o corpo.
Tem essa parte minha que concorda com programas desse estilo, que não pegam pesado e que no fim tem uma desculpa um tanto quanto plausível para, digamos que alimentar esse lado mais fútil mas que dá um up na auto estima das pessoas.
Bom, Videotapers, por hoje é isso. Tá aí meu ponto de vista divido em dois. Semana que vem tô de volta.
Luke para A BOINA encerrando a transmissão. Tchau!
O “Esquadrão da Moda” é bem engraçado, minha irmã e eu já rimos muito com a “Stacy”. A versão brasileira também é bacana, pena que seja apresentado pela esposa do lamentável J. Hawilla.
Ótimo texto!