(Lucas “Luke” Baldin)
Hello, Videotapers! Tudo bem com vocês?
Essa semana eu fui assistir ao novo Power Rangers. Confesso que desde o primeiro trailer eu estava cético sobre. Os figurinos e caracterizações dos Rangers, Zordon e do robô Alfa soavam como um desacato ao legado deixado pela série Frankenstein, mistura de cenas de luta de séries japonesas e com cenas de conversação americanas. Porém, resolvi ir ao cinema ver pela primeira vez os Power Rangers em tela grande, já que em 1995 e 1997 eu era muito pequeno e não tive a chance de conferir Power Rangers: O Filme e Power Ranger: Turbo, respectivamente. E eu me surpreendi.
Quem cresceu assistindo as enésimas temporadas dos Guardiões do Poder assim como eu já pegou a estrutura dos episódios, que são sempre os mesmos e sem profundidade: O vilão alienígena quer dominar a terra, bola um plano furado, cria um monstro e manda pra terra. Cinco jovens americanos bonitos são escolhidos pra defender a humanidade. Um deles geralmente tem um dilema pessoal bem raso pra resolver. Os heróis lutam contra o monstro e perdem. O personagem central do episódio resolve seu dilema, os coloridos destroem o monstro. O vilão faz a criatura ficar gigante. Os Rangers convocam seus zords, armam o Mega Zord e vencem o mal. Fim.
O que daria para sair de algo tão simples? Um filme cheio de reflexões, que tinha tudo para ser clichê mas conseguiu surpreender mesmo com a mesma estrutura usada na televisão. O que difere? Os detalhes e as resoluções. Se você espera entrar no cinema e assim que o projetor ligar ver um raio explodindo na tela ao som de Go, Go Power Rangers! pode tirar o cavalinho da chuva.
Eu esperei pra ouvir a musica tema que tem seu refrão tocado apenas uma vez durante a exibição. E bem nessa hora a dupla de manés conversadores que estava do meu lado começou a cantar junto. Respeito mandou lembrança, rapazes!
Confira uma das músicas da trilha musical de Power Rangers, alguém já conhece?
https://www.youtube.com/watch?v=UGf_h-2U-AE
A história é de origem, o que indica que terá sequência. Eu já vi algo a respeito de um segundo filme pra nova franquia. Como toda história que conta como tudo começa a ação está mais concentrada para o final. Mas isso não é problema. A maneira como a câmera foi manuseada é interessante, os personagens são carismáticos e temos três dos cinco Rangers com mais destaque: Jason (Vermelho), Kimberly (Rosa) e Zack (Azul). Os Rangers Preto e Amarelo também tem seus dilemas apresentados de maneira mais periférica.
Embora os cinco heróis coloridos tenham sido projetados para agradar principalmente as crianças, não recomendo esse filme pra eles. Na sessão em que fui tinha bastante crianças, tem piadas sutis visivelmente feitas para os adultos, o filme tem um tom mais sombrio as vezes e acredito que não seja tão legal levar seu filho para assistir os Rangers, não tem muito a ver com o que foi feito pra TV. Claro que seu filho vai gostar, eu acredito que não seja o filme ideal pra ele. O universo Marvel é mais adequado.
É interessante como tudo tinha para cair no clichê. Eu temia que o reebot dos heróis coloridos fosse ser tipo um Transformers da vida. Cheio de explosões e só. Mas não. Entendi o por que dos trajes serem daquele jeito, acabei gostando da composição do Zordon. Só o Alfa que não me agradou muito. Mesmo assim. Na tela grande tudo ganhou outro tom. E ficou lindo. Até os Mega Zords. Me impressionou como a produção conseguiu atingir um tom realista e com um tom high tech retrô. Super aprovado!
Bem, Videotapers, por hoje é isso. Até semana que vem!
Luke para A BOINA encerrando a transmissão. Go, Go, Power Rangers! Tchau!