Meu bom irmão “cowboy” João Marcelo Pisetta fez questão de me lembrar pelos fins da noite passada: nesta quarta-feira (23), o “grandão” está celebrando mais um natalício na dita árvore da vida: Sergio Bavini, cuja mais emprestou o Reis e o tornou um moço da Jovem Guarda de chapelão e gosto pelo sertão de nossa terra, completa 81 primaveras sorrindo, cantando e fazendo picanha.
Tentando ser rápido e o mais verdadeiro sobre o seu som e marcas deixadas (porque não falta predicados para tanto), basta dizer que, de “Coração de Papel” a “Menino da Porteira” e outras peleias, Sergio Reis desenhou belas páginas no cancioneiro nacional. Desgarrando do Rock primário e basilar sessentista, Serjão explorou ao máximo as várias possibilidades de som dentro do filão Sertanejo, que no Brasil daquele tempo ainda estava preso a simplicidade dos instrumentos, o que não era nenhum demérito.
Foi nos caminhos do grandão que muita gente navegou (e ainda navega) pelos versos que falavam de terra batida, amores cercados da relva, bailinhos a meia-luz do campo e a lida do peão, nos transportes, aos quais foram apresentados arranjos encorpados e de classe sem perder a raiz.
De ponta a ponta, cantar algumas de suas gravações, mesmo que sendo releituras de grandes clássicos, é recolocar um toque de classe em meio a simplicidade da letra e da história. Coisa que ele sabe fazer e muito bem.
Mesmo com os anos deixando a voz e os movimentos levemente mais lentos, Sergio Reis não perde o pique, entre a política e a musica. Relembrar seu trabalho e trajetória traz emoção aos irmãos e a muita gente, seja em uma passagem em um de seus shows ou ouvindo suas canções, em disco e rádio. E tudo que se peça é que a vacina voe logo, para reencontrarmos todos nós com as melodias do grandão naquele aconchegante olho-no-olho.
Por fim, para tocar o sentimental dos irmãos, apelo para uma releitura marcante de Serjão que tanto gostamos de recordar: De Anacleto Rosas, a sensacional “Baldrana Macia”, apresentada por ele no LP de 1983…
Pura nostalgia de tempos que não voltam mais…