Retomando a contagem do meu cantinho para falar de musica aqui n’A BOINA, agora com curtas histórias, sobretudo de musicas que rolam na nossa cabeça, entre seus detalhes, histórias e os segredos que a fazem ficar tão presa a nossa memória, o segredo de um som que dura para sempre.
Depois de muito tempo, a gente chega a conclusão que falar de qualquer musica do ABBA é muito fácil. Desde quando veio ao mundo “de fato”, depois do Eurovisão de 1974, o quarteto sueco é unanimidade na cabeça de muita gente. Mas esmiuçar uma única musica, só mesmo com S.O.S., lançada no disco de 1975, o primeiro depois do Eurovisão.
E por que digo isso? O contexto onde nasce S.O.S. é fundamental no estalo do sucesso que o ABBA teria nos anos seguintes. Foi em 1975 que a banda se afirmou depois de três anos com álbuns, digamos, “medianos”. Não a toa, ela é só a quarta faixa do lado A de um disco que ainda tem “Mamma Mia” abrindo os trabalhos, além de “Bang-a-Boomerang” e a gostosa “I Do, I Do, I Do, I Do, I Do” no lado B.
E tudo isso precedendo o “Arrival”, que viria em 1976 e confirmaria o estrelato com a afirmação dentro do Pop. O próprio Bjorn Ulvaeus afirmou, tempos depois, que a canção era aquilo que poderia se chamar de “identidade” da banda, o sentido mais puro do ABBA.
Tem sua dose de melancolia muito bem balanceada em uma melodia entre altos e baixos, com um refrão poderoso e que “chega do nada”, arrebatando, socando desde o “So when you’re near me, darling can’t you hear me, S.O.S.”. E junte a isso o trabalho minucioso de Lasse Hallström na produção do vídeo promocional, como tantos que o produtor já tinha aprontado para a banda naqueles tempos, num misto de arte e criatividade para vender os quatro pelo mundo.
E é com essa energia puramente ABBA que retomamos a contagem do SnaB, deixando pra você tirar suas conclusões. Depois de 1975, a musica Pop não seria mais a mesma sem citar o quarteto sueco e seu som poderoso. Ouça abaixo e a gente se vê em breve.