Neste domingo último, Silvio Santos voltou a fazer o que sempre fazia: programas aos domingos de forma inédita. Era a volta de uma velha rotina no homem do Baú que custa a sair dele por mais que o tempo passe: as colegas de trabalho, a musica, os aviõezinhos, inclusive as presepadas em que se mete.
Mas não que isso seja empecilho de vida, só que a chegada da idade é impossível de não ser percebida em seus atos e trejeitos. O corpo corcunda, a fala arrastada, uma leve lentidão, sinais que até o Senor que caia em tonéis de água sem ter problemas está dobrando o cabo da boa esperança, e nós o vendo fazer isso e denotando nossa própria idade.
Silvio Santos é um bom teimoso, não deixa-se parar por uma lentidão da vida ou qualquer outro desvio. Se está nessa boleia há tanto tempo, admira-se querer continuar fazendo o que gosta mesmo que se arriscando a deslizar-se em algum momento.
Fora isso, e apesar das posições e pessoas que “defende”, é evidente que o fato de ser inoxidável surpreende, mesmo que a gente não espere mais a mesma velocidade de outrora: o corpo também cansa um dia.
No mais, não quero jamais dizer que a idade deve ser empecilho para fazer o homem parar, mas que seja apenas um mero animador de TV e não um jogador de xadrez como vem sendo o SBT e suas novas mudanças de horário.
Para a vaidade própria, faz bem continuar em ritmo de festa, mesmo que o agito da marchinha seja, agora, uma lenta e embalante valsa. 🌻🌻