Eu a conheci ainda nos meus primeiros dias de Timbó, quando a minha primeira necessidade era a de um transporte até a Rodoviária de Indaial. Foi por acaso, numa visita dela ao então programa “Amigo Verde”, apresentado pelo grande Gabriel Roncalio. Era revestida de sabedoria, um baú de preciosidades do passado que fazia a gente imaginar que estava, novamente, trocando palavras com o velho Godofredo Heiden em tempos de criança.
Relicários como Beth são insubstituíveis para a herança social e histórica de um povo. Quando ouvia falar dela ou quando a encontrava, em raros momentos de coincidência no mesmo lugar, era possível sentir o quão grande era sua presença. Seu currículo de atividades é tão vasto quanto seu conhecimento e vivência: professora, escritora, historiadora e uma das fundadoras da APAE em Timbó, sempre dedicada à cultura timboense, isto sem contar sua presença no Lions Clube, Rotary Club de Timbó e Rotary Club Pérola do Vale, Casa da Amizade do Rotary e Grêmio das Domadoras do Lions.
A partida de Beth deixa uma lacuna enorme, e observando como de fato confesso que muito perdi em conhece-la tão mais profundamente do que em breves cumprimentos corteses. Ali embaixo daquela moça tinha uma vivência que não cabe em nenhum livro, e a reverencia de Timbó e de quem a conheceu pelas suas esquinas merece, de fato, toda a homenagem e lembrança possível.
A gente se encontra, Beth! Espero que lá em cima ‘cê lembre de mim. 🌻🌻