Duro é perceber que, quando uma pessoa que fez parte de uma página de sua vida se vai, é como um pedaço de lembrança que você não verá mais a não ser na sua mente.
Nas memórias do tempo de escolar, que já me vão longe, é impossível até hoje não ter reverencia com tantas coisas que já vivi e pessoas com quem convivi, duplamente diria, como aluno e professor. Mas quando o tempo passa, e em meio a gratidão fica a saudade e recordação, difícil não compreender a vida seguindo nos pedindo carinhosamente para seguir mantendo a reverencia.
Conheci o velho Zaias ainda no ginásio, quando aportou pelas bandas do Padreco na função de diretor adjunto que sempre esteve. Tem quem tenha suas críticas e defeitos a ele, normal de qualquer pessoa errante no mundo, mas foi uma destas personas que lembro amavelmente nos rodeios escolares. E como disse, de forma dupla: tanto aluno quanto professor.
Como aluno, até era meio possível travar ao ver a figura enérgica que sempre o era, mas de bom papo quando o ambiente assim o permitia. Logo depois, passou a convivência entre o diretor e o professor de fanfarra, um substituto improvisado que encontrava nele o mesmo bom papo e a resolução quase que dialogada dos problemas de um dia ou de momento.
Pode ter ficado alguma ponta solta com algo ou alguém em terra, mas isso pouco quer dizer para quem escreveu sua história da forma mais positiva possível dentro dos corredores escolares. Este é o Zaias que fica na minha memória, como amigo e parceiro em tempos onde fazer escola era o maior desafio diante de uma sociedade desagregada que não acredita na educação e participação como outrora.
Um destes que colocou seu nome nos quadros históricos da EEB Padre José Maurício e que, de forma mais reverente possível, deixo a gratidão por ser mais um daqueles que cruzaram meu caminho, Entrar na sala da diretoria para um papo talvez não seja mais o mesmo, mas que esteja por lá a sombra do velho Zaias, onde quer que ele esteja neste caminho novo que trilha no alto.
Valeu, Zaias! Valeu, diretor! Valeu, chefe! A gente se encontra um dia, nestes corredores do Padreco