Big Boy

Não é surpresa para ninguém que me conhece no metier do rádio que gosto de “antecipar” os roteiros do Quinta Clássica, me dando ao luxo de exercitar o máximo da mistura de criatividade e emoção que o rádio carece. E, numa exceção a regra, adianto o tema do dia 7 de novembro: esse maluco da foto…

Newton Alvarenga Duarte, um professor de geologia que arrebentou o “status quo” do radio brasileiro, trouxe-o para o ouvido jovem com criatividade, loucura e conteúdo mesmo não tendo a dita voz padrão de “profissional” empostado. Foi simplesmente ele mesmo no microfone e fez história, é referencia: de DJs e gente como eu.

Big Boy foi inventivo, disrruptivo na arte de criar o ambiente e convidar o ouvinte para sentir a emoção, entre musica e energia de comunicação. Alias, criar e emocionar, princípios maiores de qualquer um que quer ser e viver o rádio. Tão necessários, tão em falta…

Um rádio feito sem emoção é o que, hoje, mais vende apoiado nas mil justificativas que limitam-se ao cômodo e vazio. A ousadia de ser diferente é barrada pelas necessidades comerciais sem profundidade artística, tornando o locutor(a) um mero condutor de grade musical: insipido, frio, conformado.

Eu não concordo e não tenho medo da ousadia. O radio pede, exige e busca a emoção do ouvinte e a criatividade de seu realizador. Cativa pela música, pelo ambiente dos efeitos e do conteúdo e pede uma comunicação mais autêntica e menos mecânica, que toque o ouvinte em vez de tê-lo como mero acompanhante do horário.

Nem toda a “experiencia em tempo de rodagem” significa nada se o profissional se apoia no cômodo. E enquanto o molho principal do rádio teima em sumir, eu teimo em seu louco como Big Boy e fazer do rádio o que ele quer e merece: o verdadeiro meio de emocionar fundo, para a alegria ou a reflexão, o ouvinte, nosso maior amigo.

Que me desculpem os conformados e as convenções frias: no rádio eu saio da caixa mesmo e incorporo o autentico “crazy people” pena de você que não enxer… ou melhor, ouviu. O rádio pede sentimento, e sem ele não passa de protocolo frio.

Ate novembro, Big Boy! Você merece!

O rádio, merece muito mais
(E eu quero e o faço!)

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