De: A BOINA Para: Timbó

(Reprodução)

Enfim, amigos e amigas de A BOINA, estamos escrevendo desde a Pérola do Vale!

Isso mesmo! A partir de hoje, de forma oficial, este escriba estará passando seus dias de semana numa das cidades mais incríveis e encantadores do verde Vale do Itajaí. Quem a conhece, nem que seja por um dia apenas, não tem como sair daqui com um sorriso grande tamanha a tranquilidade, o aconchego e beleza que aqui encontra.

Para quem ainda não sabe lendo a alcunha dita acima, sim, estamos agora diretamente da graciosa Timbó, a capital do que convêm chamar-se de Médio Vale do Itajaí. Um município que pode ser considerado uma das felizes exceções do Brasil, misturando a qualidade de vida ao crescimento econômico, tudo em medidas calculadas milimetricamente.

A primeira visita, junto do professor e jornalista Eumar Francisco da Silva (direita) e dos nobres Roger Florenço e Bruna Laline Ramos, no distante fevereiro de 2013, numa entrevista nos estúdios da Radio Cultura com Carlos Henrique Roncalio. Tempos de aprendizado que culminam no hoje (Arquivo Pessoal)

A primeira vez que pisei aqui, ainda no distante 2013 vim num meio-a-meio, misto de trabalho e divertimento. Estava junto do professor, jornalista e eterno coordenador de curso, Eumar Francisco da Silva, para uma entrevista descontraída no programa matinal de sábado da Rádio Cultura então sob comando do jornalista e patrimônio da imprensa timboense, Carlos Henrique Roncalio e ainda operando em AM. Na companhia também, como cicerones, dois grandes amigos dos tempos de faculdade: Roger Florenço e Bruna Laline Ramos.

Já se foram quatro anos daquela primeira visita, levando na retina a visão de uma cidade grande com jeito e personalidade de pequena e pacata. As ruas centrais de paralelepípedo, os carros parando sem cerimônias nas faixas de pedestre, o povo receptivo e um tanto tímido, embora sorridente, aquele orgulho pessoal de sentir-se timboense e não cair na tal lógica de bairro de Blumenau. Coisas que estiveram nas primeiras impressões muito além dos belos pontos turísticos e panoramas que a Pérola tem a nos mostrar.

A simpática prefeitura, às margens da Rua Getúlio Vargas, via principal do centro timboense (André Bonomini)

E então, quatro anos depois, venho para fixar residência e trabalho. O mesmo Carlos Henrique da entrevista naquele sábado de fevereiro foi o responsável pela minha vinda à cidade, para trabalhar num novo projeto que, logo logo, os amigos de A BOINA estarão tomando conhecimento. O que posso dizer de antemão é que será algo jamais visto em matéria de comunicação nesta cidade e, talvez, no estado, com princípios tão parecidos quanto os deste espaço e muito promissores.

Roger e Bruna ainda estão por aqui. Sr. Florenço continua mandando ver no comercial da Rádio Cultura (hoje no FM), com a voz jovem e o trejeito sorridente de sempre. A querida Bruna, amiga-conselheira nos tempos universitários, é uma jornalista de respeito na mesma emissora, além de um dos rostos e sorriso mais belos da imprensa do Vale (sem mentira!). Tenho-os como parte da equipe de amigos-cicerones que estão me indicando os passos no começo dessa nova empreitada em terras timboenses.

Mas não são apenas eles os colegas aqui presentes. Nossa amiga e colunista Karina Beatrice Frainer também mora nestas bandas, assim como a lenda do rádio Arnaldo Zimmermann, que tem emprestado a voz icônica e histórica do rádio do Vale para a Radio Cultura (sempre ela!). E ainda, pelos lados da Prefeitura, a parceria do bom amigo e professor Jaime Avendaño, o baixinho sorridente que, apesar da feição séria, é um boa praça dos grandes!

Panorâmica da Rua Getúlio Vargas, nas proximidades da Thapyoka, onde se guarda a bela represa do Rio Benedito, um panorama belíssimo, ainda mais visto da ponte ao lado do restaurante (André Bonomini)

Todos eles, vários amigos, meus pais e parentes, ninguém esconde o sorriso por este desafio que estou começando. E eu? Não sou diferente. Por dentro, além da ansiedade e da ansia de aprender, a curiosidade pelo novo desafio e pela nova cidade a descobrir. E Timbó é daqueles cantos do Brasil que não basta apenas falar e indicar. Ele tem que ser descoberto, visto, sentido nos mínimos detalhes.

Para começo de conversa, como disse acima, é uma cidade com identidade própria, com carisma e jeito de ser e agir todo seu. Uma marca que ostenta com orgulho que, este ano, chegará aos 148 anos de juventude eterna. Sim, isso mesmo! Apesar de elevada a município em março de 1934, Timbó foi alicerçada por Frederico Donner e várias famílias alemãs e italianas em 12 de outubro de 1869, num recomeço para tantos vindos da então colônia Blumenau e que encontraram nas terras verdes à beira dos rios Benedito e Dos Cedros a chance para recomeçar e prosperar. E para quem tem curiosidade, o nome da cidade vem de uma planta leguminosa muito útil na pesca.

O início não foi nada fácil, como era de se esperar. Tudo teve que sair na mão, a golpe de enxada e martelo, para construir-se um povoado forte. Tão forte é que, repetindo a frase já dita, o orgulho de ser timboense é visto em cada um que aqui vive. Timbó não cai na lógica de depender 100% da metrópole (leia-se Blumenau) e tem suas marcas característica como verdadeiros orgulhos do município. Ainda assim, a cidade-jardim donde foi desmembrada em 1934 é lembrada no brasão municipal na frase Clara ex Stirpe, significando a origem de uma nobre estirpe, no caso, a vizinha-irmã Blumenau.

Timbó sendo gigante a sua forma e com suas marcas: Acima, o T-Rex, potência e atual campeão brasileiro de futebol americano, entrando em campo. Abaixo,, a Igreja da Ressurreição, a maior construção luterana na América do Sul (André Schroder | André Bonomini)

Quem já não ouviu falar da bela Thapyoka com a ponte por sobre a pequena represa do Rio Benedito? Dos imbatíveis moços do T-Rex, a atual força vigente do ainda jovem futebol americano brasileiro? Do belo Parque Henry Paul, onde além das caminhadas os timboenses celebram sua fundação com a movimentada Festa do Imigrante? E a Igreja Luterana da Ressurreição? Simplesmente a maior construção luterana da América Latina! E o Museu da Música? O Morro Azul? O Jardim Botânico? Lugares que tanto encantam turistas e, em especial, os ciclistas que podiam fazer daqui a capital catarinense da bicicleta.

Viu você? Não são poucos os motivos e caracteristicas que fazem Timbó ser Timbó. É um expoente a ser desfrutado e conhecido pelos vizinhos de Vale, e que eu, de certa maneira, posso dizer que tenho sorte das grandes em ter concedido o prazer de trabalhar e aprender ainda mais no mundo da imprensa dentro deste pequeno cercado do Médio Vale.

E, agora, como um timboense honorário se assim me permitir considerar, A BOINA abrirá também espaço aqui para as coisas desta terra, promovendo o justo destaque do que Timbó tem a mostrar para as vizinhas, para Blumenau e para o mundo todo, já que estamos na internet. Tanta coisa a descobrir, a ver, a aprender e conhecer, e em tudo isso o olhar crítico e didático deste blog.

A feirinha Se Esta Rua Fosse Minha, ao lado da Thapyoka, movimentando famílias e a juventude timboense, orgulhosa da vida e da identidade única da cidade (André Bonomini)

Mas, claro! Não vamos deixar Blumenau de lado! Jamais! Ela sempre será a terra amada deste escriba, especialmente falando aqui do imortal Reino do Garcia, onde nasci, cresci e donde meus pais estão. A história da cidade-jardim e outros aspectos continuarão sendo destaque aqui, como sempre foi e sempre será, sem nenhum pingo de I a menos.

Enfim, tendo feita esta crônica, estas boas-vindas justas a Pérola do Vale em A BOINA, deixo aqui meu carinho antecipado aos amigos timboenses e o abraço a cada um que está dando sua força para esta nova jornada. Pelas ruas, lajotas, curvas e flores desta magnífica cidade que, hoje, passa a ser a segunda sede deste blog com muita honra.

Lembranças aos meus pais. Ainda há muito a lutar e o filho ainda os cobrirá de muito orgulho (Arquivo Pessoal)

Aos meus pais, peço que ão fiquem tristes. Seu amado e bem criado filho ainda lhes dará muito orgulho e nunca os deixará sós. Os que leem este espaço sabem bem disso e, certamente, estão comigo e com vocês! Sorriam sempre, mesmo que a saudade doa um pouco. Eu estou bem e melhor do que nunca, pois o novo desafio é parte de um antigo sonho que não escondo de ninguém, nem de vocês, responsáveis maiores por eu ser quem sou.

Bem, era isso por hoje. Timbó é a nova casa e A BOINA não podia deixar de estar sorrindo. É uma mensagem simples deste blog para a Pérola do Vale, com carinho e alegria!

(Arquivo Pessoal)

1 comentário em “De: A BOINA Para: Timbó”

  1. André,
    Que este dia seja importante e felizes por muitos anso, ou aquele tempo necessário e importante para você. Nós garcienses temos orgulho que voc~e nos representará com muito trabalho e dedicação nesta nova etapa de sua vida, na linda e querida cidade de Tmbó, a nossa Peróla do Vale.
    Parabéns e avante!
    Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau.

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