Dia Mundial do Fusca: As peripécias publicitárias do besouro (parte 2)

Um dos primeiros Fuscas, de 1938. Nascido na sombra do nazismo, a sua aceitação no pós-guerra demorou um pouco, mas quando ganhou espaço não parou mais. A presença foi em diversos países, tantos que você pode contar Reprodução)
Um dos primeiros Fuscas, de 1938. Nascido na sombra do nazismo, a sua aceitação no pós-guerra demorou um pouco, mas quando ganhou espaço não parou mais. A presença foi em diversos países, tantos que você pode contar (Reprodução)

Não importa o momento, mas sempre se é agradável, quando oportuno, recordar de lembranças que traz este simpático carrinho que move o mundo, torce o nariz de quem o desagrada e arranca suspiros de quem gosta dele. O Fusca (ou como você o costuma chamar onde você mora) talvez foi o único a despertar toda a sorte em sentimentos, sejam eles de alegria, saudade, ódio, repelência ou, o mais certo a todo mundo, de reverencia.

Já havíamos recordado um pouco da história publicitária do besouro no especial do Dia Nacional do Fusca, em 20 de janeiro, com uma revisão dos mais cômicos e marcantes comerciais do carro no país. Mas pelo mundo, o processo de cativar novos donos teve o mesmo segredo descoberto pelo lendário Bill Bernbach na década dos 50: Se tornar inteligente, provocar e fazer rir enquanto informa. E o resultado foram peças igualmente interessantes as produzidas no Brasil.

Fusca se prepara para cruzar o atlãntico rumo aos EUA, em fins dos anos 40. Nas Américas, o Fusca encontrou o seu publico mais fiel depois do alemão Reprodução)
Fusca se prepara para cruzar o atlãntico rumo aos EUA, em fins dos anos 40. Nas Américas, o Fusca encontrou o seu publico mais fiel depois do alemão (Reprodução)

Fruto de Ferdinand Porsche e feito a pedido de Adolf Hitler, o Fusca nasceu ao mundo em 1938, e mesmo como uma espécie de herança do nazismo, o carro e praticamente toda a Volkswagen superaram o passado negro e se lançaram ao mar já na década de 40 para conquistar o mundo. O começo, claro, não foi fácil, mas rendeu frutos positivos em vários países, tantos quanto podemos contar ou lembrar.

Os EUA e o México, sem dúvida, foram os países fora o Brasil onde o besouro mais marcou com sua presença icônica. Entre os yankees era visto como um patinho feio no princípio, se comparado aos tradicionais grandes carros americanos, mas soube cavocar o próprio espaço para ficar na mente de apaixonados de costa a costa. Já na terra dos astecas, era um veículo super popular, um dos preferidos dos taxistas. Não é a toa que foi na conhecida fábrica da VW em Puebla que saiu de linha o último Fusca do mundo, isso em 2003! E sabe quantos ao todo? 21.529.464 Fuscas produzidos.

Mas é em comerciais que muito desta história vigorosa se conta. Por isso, assim como no dia 20 de janeiro, separamos aqui 20 comerciais icônicos do besouro pelo mundo, em destaque os EUA, o México e, claro, na terra-natal: A Alemanha. Todos e outros mais estão na conta beetlejuice150 do YouTube, famosa pelos tantos comercias do Fusca e de seus irmãos disponíveis para matar a saudade.

Divirtam-se!


ALE – Começando com um alemão, por que não? O mais antigo comercial do Fusca que há. Feito em 1952…

EUA – É na tortura que se prova a resistência…

ALE – E é um carro que corre …e corre… e corre… e corre… e corre…

EUA – No tempo da crise do petróleo (1973) A lei era pensar pequeno, como Bernbach sugerira… Então, o que aconteciam com os gigantes gastadores?

MEX – Os hermanos mexicanos, também apaixonados pelo Fusca como nós sabiam ser hilarios também. Afinal, qual é o carro do Conselho Mundial de Economia?

EUA – Um testamento… e um prêmio para quem soube economizar…

EUA – As bossas do Superbeetle em 1973. O “fafa” só chegaria em 1980, com muito menos novidades do que o vendido nos States. Belo Fusca o deles!

EUA – Quase um submarino… Outra prova de resistência ao Fusca

ING – Os bons moleques ingleses descobrindo o 1303 (e tirando aquele sarrinho clássico do porte avantajado do dono)

EUA – Um jingle… 29 mudanças… por onde começar?

EUA – Na cruzada pela economia de gasolina… Várias “boas ideias”. Uma apenas a coerente!

EUA – Quando se é o segundo a pisar na lua, vale sempre um bom cachê. E que cachê! Eis Edwin “Buzz” Aldrin, apresentando o revolucionário sistema de revisão por computador da VW em 1972 (No Brasil, bem menos sofisticado, chegaria como o VW-Diagnose, em 1974)

EUA – Ainda em 1972, todos os itens verificados pelo computador do sistema de revisão. Muito interessante!

EUA – Economia faz coisa, até na hora da compra de um bom Fusca. Veja:

ALE – A prova máxima pra um operário da VW alemã: Montar um Fusca completo, do motor ao dístico do capô!

ALE – Quem souber bem alemão, cante ai!

MEX – Não há o que contrariar… Poucas coisas na vida funcionam tão bem como um Fusca… Concorda?

EUA – Quanto tempo um motor VW dura? Alguém sabe?

EUA – Em 1949, um alguém na multidão (que não precisa de artifícios pra dizer que é bom)

TAI – Comercial tailandês? Como? Se alguém entender de tailandês, A BOINA agradece!

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