Solidão…
Desde pequeno a gente aprende a conviver com ela de alguma forma.
A falta de uma companhia parece uma constante. Você aprende a aproveitar a brevidade de momentos sociais como se fossem o maior deslumbre de sua vida. O mais impressionante momento possível.
Quando você cresce, amadurece, o sentimento de solidão, em dados momentos, parece ainda mais latente, principalmente quando você não se sente “parte” de um mundinho que comporta modismo, comportamentos, posses e atitudes específicas para que você seja parte dele.
As pessoas, por vezes, parecem fantasmas te cruzando o caminho e não percebendo quem você é, de fato, por trás de seus maneirismos. Você segura o choro não pelo sentimento de fraqueza, mas porque você acredita que, lá na próxima esquina, haverá alguém disposto a te dar o ombro.
A solidão amadurece com você e você torna-se mais contemplativo, introspectivo em várias oportunidades e, ao momento que um amigo ou amiga chegam perto de ti, você respira, relaxa e deixa-se aproveitar a companhia que ele lhe faz. Um néctar do beija-flor que tanto lhe faz falta neste correr de ponteiros.
E o amor? Ele é a faca mais cortante da solidão. É onde todos os modismos, comportamentos, posses e atitudes específicas parecem lhe ferir ainda mais profundamente.
Aí que, trafegando nas esquinas, você se sente ainda mais sozinho, tonto e sem saber o que lhe atingiu. Como se o seu paradeiro nunca chegasse. Tal como Gabrielle Andersen procurando a linha de chegada em Los Angeles sem saber onde ela está e se vai chegar…
Sem dúvida, a maior ferida de dias corridos é a solidão. Por mais sozinho, se sentes perdido. E as vezes, por mais acompanhado, nem sempre esqueces que estás sozinho.
E o amor? Esfaqueia, tortura e inspira poesias, para depois encharcar travesseiros.
A solidão… 🌻🌻