Raios: Dicas de A BOINA para evitar incovenientes (e fatalidades) com as trovoadas

Todo verão o ambiente é exatamente igual: Praia, sol, calor, gente bonita, diversão e… tempestades. Com as altas temperaturas e os efeitos provocados por fenômenos como El Niño e La Niña, os riscos de terminar um dia embaixo de chuva forte sempre são grandes. Ela vem para refrescar, dar um alívio no clima e até para matar a sede das plantas, mas também pode trazer inconvenientes, acidentes e até fatalidades para muita gente.

Todo cuidado é pouco, nem sempre o excesso de confiança e sabedoria popular pode resguardar sua casa, seus bens e sua vida de uma forte tempestade, especialmente se ela estiver acompanhada dos temíveis raios, cuja incidência aumenta consideravelmente neste período do ano. Pensando nisso, A BOINA veste-se de livro vermelho e traz pra você algumas dicas que não podem ser esquecidas no meio de uma trovoada.

Isto vale para qualquer época do ano, fique atento e preste atenção.

Na rua – Atente-se ao que vem do céu

Atente-se ao que está no céu: Procure um abrigo em caso de estar nas ruas sem proteção. Mas nunca perto ou embaixo de árvores ou estruturas metálicas (Reprodução)

Por ano, segundo informação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil é atingido por mais de 100 milhões de raios por ano. Nos últimos anos, a região do Vale do Itajaí foi a registrou o maior número de raios em todo o estado e brincar com este espetáculo de luz e temor (para alguns) não é nada legal nem mesmo para gerar curtida em Facebook.

Se você estiver pelas ruas e se depara com uma trovoada – forte, inclusive – não pense duas vezes, procure um abrigo seguro e aguarde acalmar para seguir seu caminho. Não pense em se abrigar próximo a estruturas metálicas e, muito menos embaixo de árvores. São ótimos condutores de raios e estar perto delas pode significar morte certa dependendo da descarga. Um comércio, uma casa de um amigo ou até mesmo um carro são bons refúgios dos raios.

Outro detalhe importante: Se você estiver de guarda-chuva e precisa cruzar a trovoada evite usar os modelos com ponta no alto da proteção. Eles também podem conduzir a eletricidade de um raio facilmente.

Em campos abertos o perigo dos raios é ainda pior, mas se não há abrigos por perto ainda há uma chance de escapar de uma descarga (Reprodução)

No entanto, se você estiver em um campo aberto e não ter como escapar de uma trovoada (o que é muito raro, mas pode acontecer) procure uma vala segura e/ou encolha-se o máximo possível no solo, agachando-se com a cabeça entre os joelhos. Os raios sempre procuram as formações e construções mais altas para atingir, explicando bem o porquê dos para-raios em prédios altos. Portanto, neste caso, torne-se o mais pequeno possível para reduzir ao máximo suas chances de ser atingido.

E outra, tão óbvia quanto importante: Se você estiver no mar ou numa piscina quando se aproxima uma trovoada, saia imediatamente da água. Não é preciso dizer que a água conduz eletricidade, e mesmo um respingo de um raio pode causar um acidente grave ou até coisa bem pior. Também evite usar aparelhos celulares com fones de ouvido embaixo de uma trovoada, no caso de um choque por um raio o fio do fone pode potencializar o efeito do choque diretamente em sua cabeça.

Estar atento a previsão do tempo também é uma forma de se prevenir de inconvenientes. Apesar de não ser 100% exata, ela lhe dá um norte sobre como o tempo estará nas próximas horas em um determinado local. Os jornais e portais específicos como o Alertablu são excelentes fontes de informação meteorológica e ficar antenado a ela nunca é demais, seja para sair de casa ou fazer alguma tarefa.

Em casa – Cuidados para evitar prejuízos

Mesmo em casa, os raios ainda podem trazer riscos e problemas. Os aparelhos elétricos são o principal alvo e evitar danos não tem segredos complicados nem sabedoria popular (Reprodução)

Quando um raio cai, muitas vezes não sabemos exatamente onde foi, mas podemos calcular onde, aproximadamente, ele caiu. Para isto, quando você ver um relâmpago ou um raio propriamente dito, conte quantos segundos passam-se entre o clarão e o som do trovão, já que a luz desloca-se muito mais rápido que o som. Grave os tempo que você contou e multiplique-o por 343, que é o valor aproximado da velocidade do som (343 m/s ou 0,343 Km/s). Assim, você terá quantos metros, aproximadamente, o raio caiu partindo da posição onde você está e se a maior incidência está longe ou perto de você.

No entanto, estando longe ou perto, um raio causa danos mesmo caindo em outro ponto, e é na rede elétrica que o problema é bem sentido. Aparelhos eletrônicos estão suscetíveis as oscilações elétricas causadas no momento de uma trovoada, causando danos e até mesmo incêndios. Evite utilizar aparelhos eletrônicos, desligando-os da tomada (ao menos, os mais sujeitos a queimas) se necessário para mais segurança, voltando a utiliza-los apenas após a tempestade. Computadores, TVs, aparelhos de som, ar-condicionados e chuveiros são alguns dos mais frequentes equipamentos danificados nestes períodos.

Aparentemente, aparelhos celulares não oferecem riscos se usados durante uma trovoada. No entanto, deve-se evitar fones de ouvido e nunca carrega-los durante a tempestade (Reprodução)

Evite também usar telefones comuns (aqueles com fio espiralado) durante uma trovoada. A queda de raios pode atingir também a rede telefônica e conduzir a descarga pelo fio do próprio telefone. Neste caso, o mais seguro ainda em caso de extrema urgência é utilizar telefones sem fio ou, melhor, dar preferencia aos celulares, que não tem conexão direta com a rede. Ainda com relação aos celulares e smartphones vale um adendo: Não carregue a bateria dos equipamentos durante uma tempestade, eles também podem sofrer danos.

E um detalhe também para quem está de veraneio longe de casa. Se você sair em viagem, por mais perto que seja o local, sempre desligue os equipamentos eletrônicos da parede. As correntes elétricas atingem os eletrônicos mesmo quando estão desligados e qualquer curto-circuito na rede elétrica de sua casa pode causar um incêndio de grandes proporções. Peça a um vizinho que fique de olho em qualquer situação suspeita e lhe comunique em caso de emergência.

(Reprodução)

Porém, uma das consequências mais frequentes de uma trovoada é a falta de luz. Muitas vezes, as descargas elétricas atingem a rede de distribuição em determinados locais, interrompendo o fornecimento. Você pode avisar a central de distribuição de energia do seu estado neste tipo de ocorrência.

Em Santa Catarina, a Celesc possui dois canais de comunicação de emergências: O 0800-48-0196 ou através de SMS para o caso de falta de luz. Basta enviar SEM LUZ e o número da unidade consumidora (não é o número da casa) para 48196. E lembre-se, para sua segurança nestes casos o sistema deve ser considerado energizado o tempo todo.

Fique atento e não brinque com os raios. A resposta deles pode lhe tirar muito mais do que a luz de casa.

 

1 comentário em “Raios: Dicas de A BOINA para evitar incovenientes (e fatalidades) com as trovoadas”

  1. André
    Pesquisa importante que o amigo realizou. Essa contagem do local onde caiu o raio é importante, mas se caiu em nós não dá tempo de contar, já era.
    E que os “raios os parta”, kkk
    é preciso todos esses cuidados sim, não devemos nos arriscar com as condições atmosféricas.
    Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau

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