Colorado RQ

“O televisor que quero comprar precisa ter: controle de tonalidade e de som, correção automática de estabilidade, funcionamento em 110 e 220v, máxima nitidez de imagem e de som e máxima duração do aparelho e dos componentes”.

Que tempo era esse em que comprar televisão era, simplesmente, avaliar se o equipamento aguentava, se a imagem era boa e se a marca era de confiança. Lá nos anos 1970, quando a dinamização da TV começou a ser uma realidade no Brasil, as pessoas procuravam ter para si o seu aparelho favorito, seja ainda um preto-e-branco elegante ou um “avançadíssimo” modelo a cores que brilhava os olhos dos amigos e “televizinhos”.

(Reprodução)

E naquele tempo, comprar algo deste porte não era algo corriqueiro, era um investimento que gerava ótimas histórias para uma vida toda. Não a toa, quando larguei no meu Instagram e no do d’A BOINA uma perguntinha marota sobre a Colorado RQ, teve quem recordou de um aparelho antigo com a maior saudade, recordando de passagens televisivas de outros tempos mesmo sem responder, de fato, que o “RQ” da marca significava, simplesmente, a tal da “Reserva de Qualidade” tão divulgada.

É um breve momento em que a eletrônica do passado desperta nosso gatilho emocional: uma TV, um toca-discos, um videocassete, o que for que respira a mais de 30, 40, 50 anos ou mais coça nossa mente pensando ou em um momento passado ou aquela saudável curiosidade sobre como isto funcionava e como era possível com o nível ainda tão incipiente de tecnologia que se havia.

Não importa, é um barato revisitar o passado através dos eletrônicos que faziam a gente sonhar. Se você tem um em casa, cuide bem dele mesmo que parado em algum lugar. E se lhe faltar espaço, venda-o ou doe-o a quem, como você, tem lembranças do bombril na antena, dos tapinhas, do seletor de canais, da espinha-de-peixe e do que mais, aquele tempo, significava “Reserva de Qualidade” para você. 🌻🌻

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