Galo, 50

O que você fazia em 1971?

Você nasceu lá? Estudava neste ano? Era adolescente? Adulto feito?

Em 1971, a Guerra do Vietnã ainda fervia e Bangladesh tornava-se independente do Paquistão.

Em 1971, a criação máxima de Roberto Bolaños, o Chaves, entrava no ar na TV do México.

Também em 1971, D.B. Cooper virou lenda ao pular de um Boeing na noite americana com uma mala forrada de dólares.

Em 1971, Jackie Stewart esmagava a concorrência e era campeão pela segunda vez na F1.

A música transformava o mundo: John Lennon cantava “Imagine”, Jim Morrisson agonizava em Paris e Louis Armstrong partia do seu “wonderful world” para sempre.

O mundo desejava conhecer a magia do novíssimo Walt Disney World, cheirando a novo.

Em 1971, Medici era presidente e vivíamos o auge da ditadura: guerrilha urbana, tortura e censura.

Pelé se despedia da seleção enquanto a Expominas e o Paulo de Frontin desabavam.

Em 1971, tinha vitrola, Frigidaire, Fusca.

Tinha refrigerante em garrafa de vidro, ktut de boi e guaraná Baré.

Tudo isso – e algo mais que posso eu ter esquecido – acontecia enquanto o Atlético-MG era campeão brasileiro pela primeira vez. Um tento de Dadá Maravilha, de cabeça, contra o Botafogo e dentro do Maracanã sacramentava o título daquele ano.

50 anos é tempo, e só quem é torcedor entende o que é fila. Afinal, 1971 vai longe, muito longe, já deu de esperar e bater na trave, né?

Minhas saudações, galo! 🌻🌻

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