(Lucas “Luke” Baldin)
Hello, Videotapers! Tudo bem com vocês?
Agora está tudo bem comigo. Consegui fugir por uns minutos do cativeiro em que o André me trancafiou. Nunca subestime o poder de um grampo de cabelo e uma goma de mascar! (risos) Espero que dê tempo de concluir antes que ele perceba que eu fugi.
Bem, escapadas a parte vamos ao assunto de hoje. Nesse tempo que estive fora ouvi uns bons K-pop e acabei me dando conta de uma coisa: a maioria das girlbands que eu gosto acabaram. 4minute, 2NE1, Sistar (que fez seu goodbye stage no fim do mês passado), After School (eu considero que acabou, faz mais de dois anos que eu não soube mais nada delas).
Se for parar pra analisar, boa parte dos grupos debutados entre 2009/2010 estão encerrando suas atividades. Por que? Eu vou opinar sobre isso a partir de agora… E, atenção: a seguir eu vou opinar. Ou seja, é meu ponto de vista. Não é lei, nem está certo ou errado. Ok? Entendido? Sem birrinha? Então vamos lá!
É sempre bom entender que por mais que um grupo ou até mesmo uma música mexa com a gente é indústria. Se lá na Coréia do Sul são lançados grupos e mais grupos, do mesmo jeito que aqui no Brasil nascem duplas e mais duplas sertanejas, é por que funciona.
Não é regra, mas o Korean Pop é direcionado -principalmente- para os adolescentes. A letra. O estilo. o conceito. Tudo direcionado para a galera teen. Eles que consomem mais música, que se jogam intensamente por um movimento e que gritam feito doidos nas primeiras filas dos concertos. Claro, não é regra, mas pela minha vivência no mundo adulto as prioridades são outras. E aí está a chave da questão. Os grupos lá do final/inicio da década passada foram lançados pros adolescentes daquele tempo, que hoje (assim como os integrantes) são adultos.
A indústria pop é um rodízio de rostinhos lindos, corpos esculpidos e aparências milimetricamente projetadas. Os artistas são como laranjas, são espremidos até que saia a última gota de suco. Depois, ham… São descartados e os produtores partem pros próximos. Se muitos grupos estão terminando é por que já foi o que tinha que ser. E acredito também que os próprios integrantes querem sair daquele cubo cheio de leds e purpurina para viver novas experiências e se dedicar a novos projetos.
Claro, o público sofre. Ainda mais as fandons dos grupos. Afinal de contas, mesmo que seja muito sofrimento, ensaio, o perfeccionismo asiático esquecendo que humanos não são manequins de acrílico, os grupos marcam a vida das pessoas. Ainda mais dos jovens que já fomos. O grande erro está também na audiência. Que no seu egoismo quer mais músicas, mais performances, mais batalhas nos programas músicas típicos lá na terra da coreia.
Os fãs se tornam crianças mimadas,que esquecem que se trata de uma indústria que, no cerne, são simplesmente contratos que são assinados com data de validade. E quando o grupo anuncia o fim, ou até mesmo some sem dar justificativa, começam as birrinhas, as lagrimas de crocodilo e aquela gritaria que criança de quatro anos sem pulso firme dos pais costuma fazer. Vamos crescer, né?
Não dá pra esquecer que o que move tudo esse mecanismo é o dinheiro. E os jovens provavelmente não vão se identificar com um grupo de artistas que já estão adultos e não são rostos frescos recém saídos de salas de cirurgias plásticas. Mais uma vez entenda, leitor, é minha opinião. Eu entendo isso dessa indústria. Eu precisava opinar e expressão esse lado do universo k-popper que já virou um assunto pedido aqui.
Por hoje é isso. Se eu conseguir roubar a chave do cativeiro do André novamente eu venho escrever. Um abraço bem apertado e até mais, se eu sobreviver…
Luke d’O Cativeiro encerrando a transmissão. Tchau!
Antes de ir: Menção ao Bat… ou melhor, Adam West
Bem, Luke voltou sem me avisar… sabia que dormir do lado da cela não era uma boa ideia. Devo de ir a procura dele para que ele não conte das minhas intenções maléficas com meus lacaios n’A BOINA…
Bem, mas antes de ir, eu invado aqui este relato do Sr. Baldin para uma menção justa. Nesta semana, o mundo perdeu um dos mais icônicos personagens do mundo pop dos últimos tempos. O velho ator Adam West, responsável por incorporar o Batman na serie de TV do super-herói nos anos 60, faleceu no último dia 9, aos 88 anos. Ele batalhava contra uma grave leucemia.
Conhecido ator e figura carimbada da TV americana, William West Anderson, americano de Walla Walla (Washington), participou de inúmeros trabalhos para a telinha, entre séries humorísticas e policiais. Porém, sua maior marca foi dando vida ao homem-morcego ao lado de Burt Ward, no papel do fiel assistente Robin.
O personagem foi a grande marca de West, que se imortalizou como um dos grandes intérpretes do Batman, fazendo do seriado uma marca dos anos 60 (exibido entre 1966 e 1968) e sendo relembrado por várias gerações atualmente por conta disto. Há algum tempo estava um tanto afastado das telas, participando apenas da animação Uma Família da Pesada (Family Guy), interpretando ele mesmo como o prefeito de Quahog, a cidade onde se passam as histórias loucas de Peter Griffin e sua família.
Fica aqui a reverencia ao marcante Batman dos anos 60, um cult que jamais sairá de moda da vida do homem-morcego mais famoso do mundo.
Agora sim, vamos encerrando… E vou a caça do Luke, e é bom que ele pense em voltar, senão…
Enfim, André Luiz para o Videotape, encerrando de vez a transmissão. Até!