Eu ainda lembro, no projeto do A BOINA Convida – que anda parado (mas em vias de voltar) – que ele foi uma das últimas entrevistas que fiz. Um dos melhores papos, sou confesso a falar. É notável que tenho meus pontos contrários ao que ele pensa, mas ele e toda a família são um poço de história de Blumenau. Portanto, entre a realidade e o passado, foi conversa, revelações, risadas saudáveis e trocas de gratidão, do aluno ao professor e vice-versa.
Quando soube de sua internação, flechado pelo Covid-19, confesso que o coração apertou. É um dos grandes cidadãos que cruzaram a minha frente na minha caminhada do Jornalismo, e de professor passou a colega, apontando detalhes e compartilhando colunas aqui mesmo em A BOINA, há alguns anos, com conteúdos que sempre chamavam a atenção pelo olhar experiente da realidade, de quem já tinha visto tudo com um olhar de jovem que não aparenta os mais de 50 que tem.
A esta altura que escrevo, ele deve estar naquela luta dele na cama do hospital, reagindo bem e surpreendendo os médicos em volta. As mãos de Marcia tremem, mas de força, daquela sagacidade de vencer de mãos dadas com o cavalheiro que lhe ladeia. Filhos, colegas de facul e de imprensa emanam o mesmo desejo… e eu aqui, em poucas linhas, apenas peço que esta transmissão de força que escrevo seja rapidamente defasada, envelhecida, pelas boas notícias que virão.
Força, Wolff! Te cuida bastante e te espero pro próximo papo (aqueeele papo!)