Na linha do que falei sobre os movimentos de 7 de setembro, e comparando a isto o fato da minha querida Pérola do Vale ter dado 80% para a falta de razão no dia das eleições em 2018, me aperta muito o coração. E não posso esconder os motivos depois de dizer que era um dos lugares mais “mente aberta” que já estive.
Gente, onde esta o raciocínio de vocês? Estamos vivendo carestia, guerras ideológicas, preconceitos e uma imersão dolorida a teorias ultraconservadoras e ultrapassadas de mundo e sociedade. E não adianta apontar culpados, tudo isto emana de um único pensamento orquestrado pela mente, seja política ou até religiosa.
Respeito muito quem pensar de mim o contrário, até porque nesta roda estão muitos amigos meus, mas perceber esta movimentação em favor de uma filosofia falida que se agarra a bravatas é um descaminho. O Brasil passa por um terrível exame de consciência da democracia e das instituições, afrontadas por um presidente e movidas a cada dedar compartilhado de mensagens revoltosas, raivosas, secas de racionalidade diante do momento.
Por isso, não posso me conformar até mesmo com órgãos de imprensa dando voz a agitadores e considerando as ações como “atos patrióticos”. Tudo está bem longe da razão de que um dia 7 pede: reflexão sobre o que, de fato, é bom para um país doente e intolerante, e isto começa na consciência de cada um, saindo da sua individualidade comunitária e mental e entendendo de vez que tudo não passa de um teatro falsamente decorado do verde-e-amarelo que você empunha nas mãos.
Que me perdoe, Timbó, o que digo. O Brasil não é o quadro pintado diante de seus olhos. Ele pede atenção aos verdadeiros vilões do momento, especialmente a ideia colocada no poder por mais de 80% de cabeças enganadas pelas promessas furadas que nunca surgiram.
Ainda há tempo para se pensar, e pensar de verdade