Parafraseando Franklin Rossevelt: “21 de setembro de 2021, o dia que ficara para sempre na infâmia”, do Brasil é claro e mais um pra coleção.
Não há como qualquer ser são neste país se sentir enojado, envergonhado, decepcionado (outra vez) com o papelão que Jair Bolsonaro e sua comitiva fazem no evento mais importante da congregação de nações anual. Talvez nada que o roteiro já não separasse há algum tempo, mas fica ainda mais duro e revoltante quando visto na prática.
O negacionismo escancarado, a pizza na porta de um hotel que exige vacina (para idólatras, a “simplicidade” acéfala), o dedo do meio de um despolido e mal-educado Queiroga, um cabedal de puxa-sacos e, visivelmente, o constrangimento de outros chefes de estado diante de um líder de alguns bananas que, ainda hoje, acreditam que viveram no dia 7 o “momento mais importante da nação” ao defender o que está lá em Nova York.
Hoje, o discurso de abertura da assembleia geral (uma tradição nossa há décadas) nunca foi tão abjeto: era o mesmo roteiro eleitoral agora em cadeia mundial, uma prova da negação, da podridão mental que se vive dia a dia no Brasil. Impossível haver líder nacional que concorde com a verborragia de Bolsonaro no microfone das Nações Unidas, envergonhando o legado de Aranha, vomitando a mesma dose de ignorância que não aguentamos mais ouvir.
No entanto, como tudo (e a pandemia) é, vai passar, tudo passará. A ciência, a consciência de muitos assolados pelas crises negadas pelo presidente e seus asseclas sabem muito bem quem execrar da posição de liderança no próximo ano. Se já éramos o pária, agora nos resta a calçada, como diria Miriam Leitão.
Vergonha define. 🌻🌻