Qualquer um que tenha a insana ideia de dizer que dar voz a uma claque revoltada pelas mentiras contra um método segundo para sairmos do inferno pandêmico é parte da ignorância instalada. E que as linhas que qualquer um lê aqui sirva de exemplo para que não se repita o que vi em Blumenau.
Convencionar um processo de debate público como uma forma de manifesto deturpado antivacina foi a forma que uma vereadora blumenauense e vários pares da vida organizaram na noite do último dia 16, em uma noite onde a boca espumando, as mentiras institucionalizadas e o ódio acima do conhecimento científico foram o “destaque”.
Triste, revoltante e lamentável. Talvez você, que segue os cuidados e tem as três doses tomadas na confiança de que, sim, a vacina é segura e deve ser unanimidade sinta aquela sensação incômoda de que uma turba de ignorantes te aponte o dedo e o recrimine como “comunista controlado pela China” por pensar em si e nos outros.
É preciso repensar e ficar atento a estas manifestações que, indiretamente, matam tantos. Aos que tiveram reações e mortes, o respeito (até porque a vacina não deve, piamente, ser o “diagnóstico final”), mas é impossível tolerar a violência física e as bravatas verbais como um “debate” e uma forma de impedir a roda do processo de proteção.
Vacinas sempre, quantas doses possíveis. E para os ignorantes, o ônus e a responsabilidade pelos atos que cometem e incitam.
Sempre há a lei da volta, cruel e infelizmente 🌻🌻