Em nome do comércio sem limites, as vezes se é capaz de distorcer o ambiente de um lugar para abrigar uma marca ou ideia que, de alguma forma, não se encaixa ali. Quando a Havan ocupou-se do icônico Castelinho da Moellmann, lá por 2008, não chiamos e até achamos um bom destino para ele naqueles tempos que não se sabia o que fazer ou o que abrir num ponto já tão conhecido da cidade.
Ok, Hang estava certo ali, mas impor, na sua lógica consumista, uma estrutura berrante como o “padrão casa branca” no meio do chamado “Centro Histórico” de Blumenau já era ir além dos limites. Coube a sensatez do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural Edificado (Cope), da Prefeitura de Blumenau, dar um sonoro NÃO a megalomania de Luciano no antigo estádio do BEC. Tudo tem seu lugar, e também tem o momento que tal arquitetura (se é que chama-se isso de “arquitetura”) não se encaixa.
Ao contrario da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), elogia-se a lucidez da prefeitura. Casa Branca não combina com história de Blumenau, e aqui neste cantinho, ao menos, não teremos Hang e estátua da liberdade, simples assim. 🌻🌻