B.J.

Tomei um susto quando soube da partida deste cidadão. Billy Joe, que o mundo aprendeu a chamar de B.J., não está mais entre nós. B.J. Thomas morreu no último sábado de maio (29), aos 78 anos de idade, vitimado pelas complicações de um câncer no pulmão descoberto ainda em maio na fase 4. Um sujeito de vasta cabeleira que, com a voz macia e romântica, tomou o mundo com suas canções que alternavam entre a melancolia e a apoteose do amor.

B.J. começou seu caminho num coral adolescente da igreja de frequentava. Chegou as paradas no final dos anos 1960, apoiado principalmente na poética “Raindrops Keep Fallin ‘on My Head”, composição de Burt Bacharach, lenda viva da composição que odiava cantar e adorava escrever.

Mas entre tantos sons fortes, tinha que ser com uma melodia sobre sua juventude que Thomas explodiria no Brasil: em 1972, trilhando a história romântica de Chico Cuoco e da namoradinha na primeira versão de Selva de Pedra.

Não que a vida de B.J. foi perfeita. Seu casamento quase acabou por conta do álcool e das drogas ainda nos anos 1970, mas soube superar-se entre a fé e a música. Sempre que chamado, exibia elegância e leveza ao recordar seus sucessos, cantando com o microfone sempre “de lado” diante da boca.

É com essa mesma elegância e leveza que deixa seu nome cravado na história do som, num lugar onde só quem realmente marca uma época merece estar. 🌻🌻

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