Soberba

Numa conversa nos corredores da rádio, tocamos no assunto “soberba”, um pseudo-pecado capital que toma cada vez mais mentes influenciadas pelo poder que a comunicação traz nas mãos de muita gente. A proliferação dos influencers de “coisa nenhuma”, os jornalistas e comunicadores que se colocam como celebridades, poluindo seus meios de trabalho, são exemplos de como o pedestal aparece e distancia o racional do figurão intocável.

Há de analisar o que nos cerca a cada dia e que move o ser humano na direção de um hedonismo cada vez mais cruel e pesado. A soberba da beleza, que cria um mundo perfeito no seu espelho do quarto; a soberba da profissão, que coloca seres como intocáveis e que não precisam mais do que curtidas e holofotes; a soberba dos sentimentos, que destroem esperanças e afetos verdadeiros em nome de prazeres fugazes e carnais… e por ai afora, tudo movido pelo desejo de “ser mais”, ser “maior”, ser alguém que mova pessoas por, simplesmente, construir seu pedestal.

A soberba é um veneno discreto que, para tal, tem que ser combatida com a racionalidade das ações e sentimentos verdadeiros que movem os humanos. Só ela é capaz de destruir amizades e ambientes, mas quem tem um pouco de razão bem sabe: o pedestal esta ali em quem diz-se simples, basta observar, e as quedas costumam ser doloridas. 🌻🌻

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