Acabou, enfim!
Calma, não é nada triste, nem uma citação coberta de raiva ou frustração, embora, talvez aquela alegria quase raivosa esteja nestas linhas. Ainda inebriado de alegria e passadas duas semanas, impossível é não sentir ainda, mesmo que mais distante, aquele ar marinho das costas portuguesa, regado a vinho, fado e poesia.
Sensação leve, em uma nau como esta, estar rodeado de amigos, inclusive aqueles feitos ao primeiro contato de olhos, cercado dos aromas característicos da terrinha e em contato puro com o que o português sabe bem fazer numa ocasião desta: reunir, congregar e fazer sorrir quem tanto tempo esperava esta chance e ficou longe do calor humano necessário.
Ahhh… essa distância pandêmica é quase como o mar que Fernando Pessoa versou. Tanto que se ficou longe, assim como tanto que se tem pra navegar entre nossas rotinas e alegrias. E nada como um fado, escrito nas esquinas da casa florida de Timbó e que, com respeito a deusa maior, nem Amália faria igual.
Ao meu lado, quatro cantadores cujo amor e estima carrego mais vivos com o mais belo cravo. De fato, essa coisa de “amizade platônica” que muitos fizemos na sombra do vírus tem que acabar uma hora. Que acabe assim desse jeito, carregada de lembranças doces e versos que ficam guardados num livrinho pequeno de bolso na mente: os que tem para se versar, pra se navegar, como tal patrício que volta a casa.
Que noite! Noite bem portuguesa! Ah, Aster, quem sou eu pra fazer parte deste regozijo todo?
Gratidão, sócia! Quem venham mais encontros, projetos, amigos, amigas e noites. Noites de fados como esta, como todas.
O mundo precisa, a gente precisa disto, pá 🌻🌻