Quando visitei a Intendência do Garcia, tempos depois de ter deixado a função de gerencia que tinha por lá, tive a chance de ter mais uma aula: a de verdadeira administração da coisa pública. Nestes últimos tempos, o bom amigo e professor Carlos Alberto Bittencourt estava a frente dos trabalhos, mantendo a tradição de empossar por lá um morador do distrito para cuidar do lugar.
A Intendência não tinha mais a força de outros tempos na solicitação de obras, mas com seriedade no trabalho e o verdadeiro trato com as demandas comunitárias podia-se fazer algum milagre por lá. Era isso que Bittencourt me ensinava a cada papo que tínhamos quando tinha tempo para visita-lo. Fora as histórias chatas dos bastidores e da individualidade de alguns, o bom exemplo de gerir e, de fato, fazer a coisa andar no velho prédio diante da Artex.
E no domingo, me causa espanto abrir as redes sociais e me deparar com a portaria que exonera o bom professor da função a frente da IDGG. Isto não se trata de uma crítica a alternância de administradores, mas a mudança é estranha, e as vezes passa violentamente a tese de que, mesmo que você tome atitudes exemplares de eficiência diante de uma diretoria pública, o reconhecimento da boa função morre diante das indicações e movimentos no xadrez do poder. Injusto e cruel, de fato.
Não posso negar que estou triste, sentido com a partida do professor da cadeira de intendente. Espero que a próxima administração continue dando o bom exemplo, mesmo com os curtos recursos e limitações que o paço distrital as vezes tem que passar. No mais, as minhas palmas, professor, mesmo que eu ache cedo demais para bate-las como movimento final. 🌻🌻