Rick Davies, um nome talvez pouco celebrado na história de sua carreira solo mas parte vital nas composições e melodia de uma das bandas mais queridas por muitos no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980: o Supertramp. E não para tanto, nos “comandantes” da turma, ele foi o sobrevivente e, até hoje, leva o nome da trupe pelo mundo.
Bom, mas falar dele perto de Roger Hodgson talvez não seja a melhor coisa que se pode pedir. A relação dos dois ex-companheiros de banda não é a melhor de todas desde que Roger deixou a turma em fins de 1983, já mostrando um certo distanciamento do Supertramp.
E quando Roger se foi, levou suas composições e ideias… ou ao menos achou que levou, passou um tempo, Rick as tocou em alguns shows e a amargura começou. É uma das reuniões mais aguardadas da musica em todos os tempos, e pela cabeça dos dois, dificilmente os veremos juntos no palco, porém sonhar não custa.
Bem, e o que tudo isso tem a ver com a musica em destaque de hoje? Marcante por suas melodias energéticas, com um toque de poesia, elementos eletrônicos e clima abstrato, o Supertramp quase sempre se apoiou no talento de Roger para produzir alguns de seus maiores sucessos. Não a toa, quando ele saiu, a banda desnorteou-se, sem emplacar grandes composições.
Mas “Goodbye Stranger”, de 1979, é diferente. Ela tem a voz de Rick e uma pegada totalmente fora da linearidade. Adoro musicas que vão a um “crescendo”, e das estrofes ao refrão, é uma musica totalmente fora de padrão, que agita de uma forma mais abstrata, sem perder o toque de fofura com o falsete dos vocais.
Pra um momento que “vai ser apoteótico”, uma ótima pedida. Bota pra rodar e mergulhe na poesia de Davies e Hodgson, dos bons tempos do Supertramp.