O cenário era o mesmo, mas quem achava que seria uma cópia do sonolento GP da Estíria, talvez se enganou nas primeiras curvas com o que veria em Spielberg. Uma ópera austríaca com um holandês e dois britânicos em destaque. E o temerário é que, por conta de um deles, o espetáculo poderia ter azedado, embora passando bem perto disto.
De um lado do palco, o poderio da Red Bull cada vez mais afirmado nas atuações de Max Verstappen, guiando o fino e não dando chance a viradas de mesa dos contendores da estrela de três pontas, para delírio de uma maré laranja. Um extasio do treino a corrida, faturando o que a turma do meio chama de “Grand Chelem”: pole, melhor volta e liderança de ponta-a-ponta. Quer mais?
Do outro lado do ato, um fabuloso Lando Norris incorporando a velha determinação da McLaren com uma prova irretocável, superando uma punição para emplacar um pódio num fim de semana feliz para os papaias. O pesadelo de uma punição injustificável que poderia desestabilizar qualquer bota, menos o garoto de Zak Brown e suas peripécias que mandam avisar que um futuro mais laranja pode surgir.
E ainda, o vilão da peça tratou de um certo ex-piloto, vindo da mesma terra de Norris e que, da cadeira de diretor de corrida, aplicou o “politicamente correto” sem dó e quase arruinou uma corrida empolgante. Isso que, no seu tempo de bota ativo, enfrentou coisas bem piores do que os lances que lhe despertaram a ira incontida.
Nesta feita, como de praxe, as beliscadas de um nervoso Roberto Taborda, as histórias de Milton Rubinho que devassam o passado de Mr. Warwick nos “carrinhos de 300 burros” e a participação mais-que-especial de Vicente Majó da Maia, direto dos quadros da Charrua FM, com sua vida na velocidade e seus apontamentos da prova austríaca.
Mais do que isso, só dando o play pra curtir. E já pedindo desculpas pelo atraso, claro 🌻🌻