Sid em Tóquio

Quando eu estava trabalhando por Timbó, eu recebi a chance de trocar algumas figurinhas sobre automobilismo no antigo programa “Panorama Esportivo”, que era transmitido pelas redes do portal Timbonet, do meu eterno “parceiro de crimes”, Leonisio Voltolini. Ele ia ao ar todas as quintas-feiras, pelas 17h, e a roda de debates foi meu primeiro lugar onde ganhei a chance de falar de F1 no jornalismo.

E nem de F1 eu tomava os debates, também trocávamos ideias sobre o futebol em geral, sobretudo as divisões do Campeonato Catarinense. Haviam três torcedores do BEC ali: eu, o irmão em Vasco Everton Frainer e o grande Sidney Reinhold, Sid que era o “comandante”, que puxava a turma para nos ver falar de esporte naquele horário sagrado da tarde timboense.

Sid é um gigante, um cidadão daqueles que divide o tempo entre as pregações na igreja que congrega e o esporte em qual é apaixonado de fato: o atletismo. Em Itajaí, soube várias vezes das iniciativas que conduzia com o paradesporto nas pistas, algo que me brilhava os olhos tamanha a dedicação e empenho que o bom comandante do antigo programa tinha orgulho de nos compartilhar.

O tempo e as correrias da vida nos separaram, mas a amizade e admiração seguem intocáveis. E ainda mais feliz ficou A BOINA quando soube da convocação de Sid para a seleção paraolímpica brasileira no atletismo em Tóquio. Um técnico dedicado, empenhado, daqueles que range os dentes em busca da superação, muito além de uma medalha, mas a gloria de ver alguém superar seus limites na pista e dar um banho de lições em nós.

Não posso deixar de sorrir, de imaginar que um dos meus companheiros de comunicação nos dá um orgulho destes. Agora, é mostrar ao mundo a tradição em medalhas que temos no paradesporto, e se ela tiver o dedo de Sid, não me impressiono: é a certeza de termos um campeão da vida desde sempre do nosso lado.

Vai lá, amigão! 🌻🌻

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